Diário do Alentejo

Guitarras elétricas em distorção Na Alma Do Alentejo

10 de junho 2022 - 08:15
Festival decorre este fim de semana

NADA Fest é o festival que, entre hoje e amanhã, promete trazer à cidade alguns nomes consagrados da música alternativa, com o rock a equilibrar os extremos dos géneros que se farão escutar no centro histórico da cidade.

 

Texto  José Serrano

 

Entre hoje e amanhã, dia 10 e 11 de junho, os riffs elétricos das guitarras far-se-ão ouvir, estridentes, na cidade de Beja, no âmbito da primeira edição do NADA Fest (Na Alma Do Alentejo), festival de música alternativa, organizado pela Associação Juvenil Culturmais, que se apresenta na sua primeira edição. Serão 18 as bandas que exibirão os seus espetáculos na cidade, sendo que 14 decorrerão no Espaço Os Infantes e os restantes quatro na Praça da República.

 

Vítor Paixão, diretor de programação do festival, revela que o evento, que pretende manter viva, em Beja, a música alternativa, “após a impossibilidade de dar continuidade ao Santa Maria Summer Fest”, apresenta um cartaz, com “grandes nomes nacionais e internacionais, de fazer inveja a muito outros que se fazem no país e até no estrangeiro”. Declaração que justifica pela presença, no festival – “assumidamente de rock, de música pesada, mas que também comporta outros géneros musicais” – dos Bizarra Locomotiva, “para mim a melhor banda ‘pesada’ do país”, dos Pyogenesis, grupo alemão de culto que, “nos anos 90, ‘deu cartas’, quando se dizia que o metal estava as morrer”, dos Scúru Fitchádu, “que andam nas ‘bocas do mundo’, juntando o punk ao funaná” e dos Deafkids,  banda brasileira, “não menos importante”, em tour pela Europa.

 

Para além da música, o NADA caracteriza-se por “uma vertente multidisciplinar” (ver programa), com a apresentação de duas exposições, uma fotográfica – “Santa Maria Summer Fest – 8 anos de História”, da autoria de Francisco Melão (Cameramen Metálico) –, uma outra de artes gráficas – Irondoom Design – The Art of Shadows and Dreams, assinada por Augusto Peixoto – e uma palestra, intitulada “Refugiados e movimentos migratórios numa perspetiva de direitos humanos”, que pretende “promover Portugal como um país inclusivo”, sublinha Vítor Paixão.

 

O diretor de programação do festival faz também questão de referir que o NADA, “sendo feito a pensar no desenvolvimento cultural da cidade”, não deixou de equacionar a ajuda ao comércio local, recomendando aos membros da organização, aos músicos e ao próprio público, a fazer as suas refeições em restaurantes da cidade que se associaram ao festival e que se pretendem “encher de clientes, nesses dois dias”.

 

Dois dias que, para Vítor Paixão, serão “de festa, em que ‘não é mais do mesmo’, pois sendo importante promover a nossa cultura, não é menos importante abrirmo-nos aquelas que não são, originalmente, nossas, de forma a permitir que chegue até nós outro tipo de artes e de público”.

 

PROGRAMA NADA FEST 

O festival abre hoje, pelas 14:15 horas, com a palestra “Refugiados e movimentos migratórios numa perspetiva de direitos humanos”, n’A Pracinha (Praça da República). Às 16:00 horas têm início, na Oficina Os Infantes, os concertos de Pandemónio, Fear The Lord e Theriomorphic, com Usmurhaça e Falcata de Fogo a atuarem a partir das 18:15 horas n’A Pracinha. A partir das 21:15 horas a noite continua n’Os Infantes, com a música de Mankind, Sacred Sin, Pyogenesis, Xeque-Mate e DJ Set Afterparty. Amanhã, com início às 16:00 horas, Os Infantes recebem os concertos de Mindtaker, Balmog e Analepsy, seguido de Cancro e Charles Sangnoir, a partir das 18:15 horas, n’A Pracinha. A noite continua, pelas 21:15 horas, e termina, novamente, n’Os Infantes, com Holocausto Canibal, Deafkids, Bizarra Locomotiva e Scúru Fitchádu.

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