Diário do Alentejo

“Concluímos dezenas de investimentos estruturantes”

19 de abril 2021 - 16:45

O presidente da Câmara Municipal de Grândola, António Figueira Mendes, faz o balanço do atual mandato, referindo a concretização de “dezenas de investimentos estruturantes, em todo o concelho”. Contudo, o autarca sublinha a existência de persistentes “problemas de fundo”, nomeadamente ao nível da Saúde e da Educação, “da responsabilidade direta do Governo”.

 

Texto José Serrano

 

O que se modificou no concelho de Grândola, desde a presidência camarária que iniciou em 2017?

 

Importa referir que este é o segundo mandato deste executivo. No mandato 2013/2017 houve um trabalho, rigoroso, de recuperação financeira da autarquia, fundamental para, no presente mandato, conseguirmos aproveitar o quadro comunitário e concretizar dezenas de investimentos estruturantes, em todo o concelho. Para além das dezenas de obras, já concretizadas ou em andamento, nas mais diversas áreas – infraestruturas de saneamento básico, estradas e arruamentos, espaços públicos, equipamentos municipais, recuperação de edifícios –, importa destacar o reforço dos serviços operacionais da câmara, com meios humanos e materiais – passando a ter mais capacidade de resposta; a forte aposta na dinamização da Zona Industrial Ligeira e na captação de empresas; a aposta na educação e formação – salientando-se a realização de cursos em parceria com o Instituto Politécnico de Setúbal; o reforço do trabalho na área da proteção civil, defesa do ambiente, proteção animal, cultura e património, desporto, juventude, desenvolvimento social, turismo… É inquestionável a grande dinâmica que a câmara tem demonstrado, em todas as áreas de intervenção.

 

Quais as “obras” que considera serem, até à data, as mais emblemáticas deste seu mandato?

 

Conseguimos concretizar, num curto espaço de tempo, diversas obras estruturantes, de grande envergadura, que já ascendem a 20 milhões de euros de investimento total, e que eram há muito necessárias. Destaco a requalificação da Escola EB1 de Grândola e de diversas escolas rurais, do Jardim 1.º de Maio, da antiga Igreja de São Pedro – que é agora um núcleo museológico, da Biblioteca e Arquivo, da Olaria de Melides, das estradas de acesso ao Lousal e às Sobreiras Altas, a construção da estrada de ligação da Zona Industrial Ligeira (ZIL) ao IC1, da Casa Mostra de Produtos Endógenos, dos Centros Comunitários da Aldeia do Pico e de Água Derramada, entre outras. Investimentos que estão a contribuir, de forma significativa, para a melhoria da qualidade de vida da população, coesão social, desenvolvimento económico e criação de postos de trabalho.

 

Que objetivos, por si ambicionados para este mandato, poderão ficar por cumprir?

 

Há sempre trabalho para fazer, mas posso afirmar, com segurança, que já superámos largamente os objetivos a que nos tínhamos proposto para este mandato autárquico.

 

Com as próximas eleições autárquicas marcadas para setembro/outubro, qual a sua principal prioridade nesta “reta final” de mandato?

 

Continuamos focados no combate à pandemia, em estreita articulação com as autoridades de saúde, e na concretização do plano e orçamento que aprovámos para este ano. Temos em curso um conjunto alargado de obras, que queremos que avancem o mais possível, nomeadamente a requalificação da Avenida Jorge Nunes – que tem a 1.ª fase quase concluída, o acesso principal à ZIL e o reforço do abastecimento de água a Melides (que se encontram em fase final), os passadiços de acesso às praias da Aberta Nova e de Melides (que deverão estar concluídos a tempo da época balnear) e a requalificação dos Antigos Paços do Concelho e da Casa Frayões Metello – que se encontra a avançar a bom ritmo. Para além destas, muitas outras irão avançar ainda este mandato, como a construção de infraestruturas nos loteamentos L1 e L3 do Carvalhal, as beneficiações das estradas do Viso, Palhotas e de ligação da Aldeia da Justa aos Cadoços, novos espaços lúdicos e de lazer nos Cadoços e no Bairro do Arneiro, a requalificação do Cine Granadeiro – Auditório Municipal, a requalificação da zona envolvente ao Parque de Feiras/Bairro da Esperança/Parque Desportivo, entre outras.

 

Na sua perspetiva, quais os principais problemas com que o concelho de Grândola se debate?

 

Há alguns problemas de fundo, da responsabilidade direta do Governo, que persistem há vários anos: a fraca resposta ao nível dos serviços de saúde – com destaque para o centro de saúde de Grândola, que está reduzido a serviços mínimos – e as muito más condições da escola secundária e da escola profissional são exemplo disso. Apesar da insistência da autarquia, ainda não foi possível resolver estas situações.

 

Quais os principais desafios que o presidente da Câmara de Grândola, que será eleito para o quadriénio 2021/2025, terá pela frente?

 

O desafio principal será dar continuidade ao grande desenvolvimento que o concelho tem assistido nos últimos anos, continuando a melhorar a qualidade de vida da população. Haverá, com certeza, muitos e diversos desafios, mas, pelo que referi, o caminho futuro está trilhado. Há que continuar pelo caminho certo!

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