A localidade de Pomarão, situada no concelho de Mértola, à beira do Guadiana, recebe, nos próximos dias 23 e 24, mais uma edição do Festival do Peixe do Rio, evento que, de acordo com a câmara municipal, entidade organizadora, em parceria com associações e produtores locais, celebra a riqueza dos sabores e das tradições, permitindo aos visitantes, “apreciar as iguarias e viver momentos inesquecíveis, com a animação musical, durante todo o fim de semana”. O presidente da autarquia, Mário Tomé, considera que o certame, “evento marcante do concelho”, se constitui como uma celebração da identidade cultural e económica da região, por possibilitar dar destaque à riqueza dos seus recursos naturais e à tradição piscatória da comunidade. “É nossa convicção de que este festival, que promove a gastronomia local, as artes e os ofícios da atividade piscatória, o turismo náutico e a celebração da ligação transfronteiriça com as comunidades da raia, impulsiona, também, o desenvolvimento económico do concelho”. Assim, Mário Tomé sublinha o impacto deste evento para a economia local, “gerando receitas inerentes à atividade turística”, em particular, no setor da hotelaria e restauração, sendo que, na vertente patrimonial, “é clara a sua importância” histórica, cultural e identitária, especialmente, através da ligação umbilical do concelho com o rio e da sua tradição da pesca artesanal. “É exatamente esse o objetivo do evento: celebrar e manter viva a herança cultural de Mértola, fortalecendo o orgulho e o senso de pertença da comunidade local para com as tradições relacionadas com o Guadiana”. Estando convicto de que esta 19.ª edição do festival acolherá um grande número de visitantes, “tanto locais quanto de fora do concelho, para desfrutar da gastronomia, dos vários espetáculos do evento e da beleza natural da aldeia”, o autarca destaca do programa festivo o concerto de Ana Moura (dia 23, às 22.00 horas), as várias oficinas gastronómicas promotoras da valorização do peixe do rio e o espetáculo de fogo-de-artifício, marcado para a noite de sábado.
Texto | José Serrano