Texto e fotos | Firmino Paixão
A Gala dos Campeões de Atletismo na época 2024/2025, evento organizado pela Associação de Atletismo de Beja (AAB), decorreu no último sábado, dia 18, no Cine Teatro de Almodôvar. Foram distinguidos os campeões regionais nas diferentes disciplinas e escalões, distinguidos os melhores atletas, femininos e masculinos, o melhor clube, o melhor treinador, a melhor juiz, a atleta revelação, homenageados o juiz internacional José Paulo Ferreira e o dirigente do Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana, Luciano Encarnação. A Federação Portuguesa de Atletismo esteve representada pelo presidente da mesa da assembleia geral, Carlos Cardoso. O momento foi abrilhantado pelas actuações do Grupo Coral Feminino “As Mondadeiras de Santa Cruz” e pela Escola de Danças de Salão da “Associação Almovimento”.
Jorge Aniceto, director técnico da AAB, disse ao “Diário do Alentejo”, a propósito da gala: “É um momento sempre esperado pelos atletas, pois é um momento de coroação do seu esforço ao longo da época”. Porém, considerou: “Para a associação é um momento difícil e complicado, porque não apareceu ninguém para formar uma direção e continuamos com o vazio diretivo. Mas, sim, em relação aos atletas é sempre um momento de boa disposição, de alegria, porque o que esteve em causa foi a homenagem a quem tanto deu à modalidade, que são, efetivamente, os nossos atletas”.
.JPG)
Uma homenagem sem subjetividade nas distinções, pois foram galardoados os verdadeiros campeões, aqueles que se mostraram mais capazes, nas pistas, nas estradas e nos trilhos, concordou o dirigente – “Sim, premiamos os campeões distritais, distinguimos o melhor clube, os melhores atletas e um prémio revelação” –, anunciando depois: “A melhor atleta no género feminino foi a Ana Lourenço (NDC Odemira) que ganhou tudo o que havia para ganhar, em estrada, na pista, em corta-mato e trail; nos masculinos tivemos o Nuno Mesquita, do ‘FIT Salvador’, que, para além de vencer ao nível regional, também foi várias vezes a pódios nacionais de sub/16 e no ‘Atleta Completo’. Conseguiu feitos extraordinários. Temos como revelação a Vitória Albino, do Futebol Clube Castrense, que tem seis meses de atletismo e já bateu vários recordes e teve um pódio nacional. Foi a revelação da época. Esperamos que tenha um grande futuro. A sua treinadora, Patrícia Vaz, foi distinguida como ‘Treinadora do Ano’, teve atletas com vários recordes e vários títulos distritais. O melhor clube foi a Juventude Desportiva das Neves, que teve mais títulos, tanto ao nível individual, como coletivo, e a melhor juiz foi a Sara Baião, que está sempre presente e evoluiu muito a nível técnico. Foi o coroar de um ano em que ela trabalhou muito”.
Uma época difícil, considerou Jorge Aniceto, recordando: “Trabalhámos em comissão administrativa. Somos poucos e não somos profissionais, embora façamos disto um trabalho profissional. Ao nível dos resultados as seleções também foram melhores, os clubes também trabalharam, só é pena não demonstrarem interesse pela vida associativa. Tivemos mais provas e grandes eventos em Beja: a final nacional do ‘Atleta Completo’ e um evento extraordinário que foi o Nacional Sub/18, que contou com 600 atletas inscritos. Foi de louvar o esforço de toda a organização, local e nacional”.
Quanto ao futuro, o coordenador técnico da Associação de Atletismo de Beja está apreensivo: “Veremos o que acontecerá na próxima época. Fizemos hoje uma assembleia, só comparecerem três clubes dos 19 filiados, teremos uma nova reunião no dia 8 de novembro, veremos o que se irá passar, porque a associação é dos clubes e eles não demonstram qualquer interesse em acabar com este vazio directivo. Os clubes participam na vida desportiva, mas retraem-se de participar na gestão ativa da associação”. Fica o apelo.
.JPG)