O Grupo Desportivo e Recreativo de Faro do Alentejo (Cuba) derrotou o Futebol Clube “Os Rituais de Safara” (Moura), nas grandes penalidades (5-4) e conquistou a Taça Fundação Inatel (Beja), época 2021/2022.
Texto Firmino Paixão
Segunda final das competições do Inatel (Beja) e segunda partida decidida na transformação de grandes penalidades. Faro do Alentejo e Rituais de Safara discutiam a conquista da Taça Fundação, troféu que estava na posse do Povoense e que, passará a constar no museu do Faro do Alentejo. Cedo se viu que as equipas poderiam estar ali uma tarde toda sem marcar qualquer golo, e a 2.ª parte teve até alguns momentos mais fastidiosos, com a bola a ser jogada invariavelmente pelo ar, muito contacto físico a provocar constantes interrupções, algo a que a arbitragem também ajudou.
No final do tempo regulamentar, com o nulo a persistir, as equipas decidiram a posse do troféu na transformação das grandes penalidades, com o Faro do Alentejo a converter cinco e o Safara apenas quatro. Resultado final portanto, 5-4, favorável à equipa do concelho de Cuba. Nas hora de ouvir os protagonistas, o técnico safarense, Luís Perfeito, declinou o nosso convite, sendo possível, no entanto, ouvir o capitão de equipa, Fábio Fialho, considerar que: “Tivemos um pouco de azar, isto nas grandes penalidades, ou se o perde, ou se ganha. Neste caso perdemos, mas fizemos um bom jogo, acho que o jogo foi muito bem disputado, mas depois não fomos felizes. Paciência. A presença nesta final foi já um prémio enorme porque, ao longo da época, nunca pudemos contar com o plantel completo, pois temos jogadores que estudam e trabalham fora de Safara e nunca nos foi possível ter a equipa a cem por cento, por isso, termos chegado a esta final já foi uma grande vitória. Mas temos que agradecer aos adeptos que estiveram aqui a apoiar-nos com muito entusiasmo, estamos muto gratos pelo esforço que fizeram para estarem aqui connosco, gostávamos de lhes ter dedicado o triunfo, mas não foi possível”.
No lado oposto a festa foi rija e o treinador Luís Baião começou por revelar que “esta vitória é dedicada às pessoas que nos acompanham em todo o lado, gente que gosta de futebol, que vive intensamente os nossos jogos e nos apoia incondicionalmente. Eles merecem este triunfo. Obrigado a todos eles, e um reconhecimento também para todos os nossos jogadores pelo que se esforçaram ao longo da época desportiva”.
No final, adeptos, jogadores e técnicos, todos cantaram a ‘moda’: “Os heróis da nossa terra/hoje vão jogar à bola/por aqueles que aqui estão/vão honrar a camisola”. Não fosse o concelho de Cuba uma “Catedral do Cante”.