Diário do Alentejo

Beja vê com “apreensão” atraso na entrega de automotoras à CP

19 de abril 2025 - 08:00
Município questiona concessionária da Linha do Alentejo
Foto | Ricardo ZambujoFoto | Ricardo Zambujo

O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, questionou a CP sobre a notícia que dá conta de um atraso de um ano na entrega das automotoras que iriam permitir a ligação direta entre Beja e Lisboa.

 

A carta, com data de dia 11, pede esclarecimentos à Comboios de Portugal (CP) acerca do eventual atraso de um ano na entrega de 22 automotoras por parte da empresa suíça Stadler e que se destinam ao reforço do serviço regional, nomeadamente, nas ligações da Linha do Alentejo.

A notícia, avançada há uma semana pelo jornal “Público”, causou “apreensão” no executivo municipal, que quis saber se “corresponde ou não à verdade” e qual “a data prevista pela empresa para a entrega do material circulante”, originalmente previsto para outubro de 2025.

Trata-se de uma encomenda, que, de acordo com a CP, previa a aquisição de 22 novas composições, 12 das quais tipo bimodo, o que permitiria a sua utilização em linhas não eletrificadas, e que beneficiaria a operação entre Beja e Casa Branca atualmente com material circulante desgastado devido à idade. A Câmara de Beja questionou, ainda, a CP sobre se planeia pôr ao serviço, nesta linha, alguns dos comboios a adquirir e, concretamente, quantos.

Segundo o “Público”, o atraso na produção pode significar mais um ano sem novo material circulante, e uma fonte da CP confirmou ao jornal que, “face a diversas contingências, o fabricante prevê que já não seja possível o cumprimento do prazo de entrega”. Ainda segundo a mesma fonte, “na exigência do cumprimento contratual, a CP pediu à Stadler que apresente propostas de mitigação deste atraso”, com o fabricante a comprometer-se a apresentar “um novo cronograma para a entrega das automotoras, que será analisado e avaliado”. O contrato ronda os 158 milhões de euros e as primeiras automotoras deveriam começar a chegar em outubro deste ano.

“DA”

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