Diário do Alentejo

"Existem vários exemplos que poderiam ser replicados no nosso território e que potenciariam o sucesso das empresas alentejanas"

25 de setembro 2022 - 09:00
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Três Perguntas a João Coelho, Adjunto da Direção do Nerbe/Aebal - Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral

 

Texto José Serrano

 

 

Representantes do NERBE/AEBAL deslocaram-se, recentemente, aos Países Baixos, no âmbito do projeto Alentejo Export 2.0. Que balanço faz desta viagem?

Esta visita aos Países Baixos teve como principal objetivo verificar, in loco, o potencial que o hub tecnológico das frutas e legumes daquele país possuí e a forma como está organizado, com o intuito de realizar prospeção de mercado para a produção do nosso território, concretamente a produção agrícola e agroalimentar. Nesta missão, tivemos a oportunidade de visitar vários centros de investigação e transferência de tecnologia, bem como observar a forma como fazem a transição de conhecimento para as empresas, sendo esta uma das “chaves do sucesso” deste que é um dos mais importantes hubs tecnológicos do mundo. Por isso, fazemos um balanço muito positivo desta viagem, pois foi uma grande oportunidade de realizar prospeção de mercado para os nossos produtos e de constatar um excelente exemplo, que torna aquele país como um modelo a seguir, no que à transferência de tecnologia diz respeito.

 

Das parcerias que podem vir a ser desenvolvidas com os Países Baixos quais as principais áreas/setores que poderão ser benéficas para o Alentejo?

Desta missão surtiram vários contactos com empresas, centros de investigação e de transferência de tecnologia, na área das frutas e legumes – produções que se encontram em crescimento, também no Alentejo. As apresentações feitas do território captaram o interesse dos vários interlocutores com que nos reunimos, que manifestaram total abertura para a criação de parcerias, com o objetivo de incrementar os negócios e o conhecimento entre a nossa região e aquele país. Na nossa opinião, existem vários exemplos que, com as devidas adaptações, poderiam ser replicados no nosso território e que potenciariam o sucesso das empresas alentejanas.

 

Que tomadas de decisão considera serem desejáveis implementar na região, para que a aposta na internacionalização dos produtos alentejanos seja uma realidade cada vez mais profícua?

Nos últimos anos, a produção do setor agrícola e agroalimentar no Alentejo tem tido um crescimento, em termos de quantidade e de qualidade. No que à internacionalização diz respeito, estes produtos também têm tido um incremento, muito significativo, do seu volume de vendas. No entanto, julgamos que ainda existe um longo percurso a percorrer. Este caminho passa, indubitavelmente, por continuar a realizar prospeção em mercados maduros, onde se verifique uma procura de produtos de qualidade, e por fomentar a investigação e a transferência de tecnologia para as empresas do Alentejo, de forma a intensificar a produção e a diferenciação dos nossos produtos, maximizando assim as possibilidades de sucesso de internacionalização da nossa economia.  

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