Diário do Alentejo

Centro de Incubação de Base Tecnológica de Beja vai ser ampliado

16 de março 2025 - 08:00
Infeaestrutura deverá estar concluída em 2026Foto | Ricardo Zambujo/Arquivo

As instalações da segunda fase do CIBT Nerbe representarão um investimento de mais de dois milhões de euros e serão constituídas por 32 novos espaços de incubação física, três cabines insonorizadas, uma sala de coworking, duas salas de formação, duas zonas sociais, um mini auditório e uma sala de reuniões. O projeto pretende atrair “novas ideias de negócio”, que poderão ser, considera o presidente do Nerbe, de grande importância para “o desenvolvimento da região”.

 

Texto | José Serrano

 

O Núcleo Empresarial da Região de Beja – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal) viu recentemente aprovada, por parte do Alentejo 2030, a candidatura à construção da segunda fase do Centro de Incubação de Base Tecnológica (CIBT), localizado na cidade, que se constituirá como o maior investimento da associação desde a sua fundação.

 

O projeto que, de acordo com a estrutura empresarial, “visa incrementar a promoção da inovação, do empreendedorismo e do desenvolvimento de novas empresas, contribuindo significativamente para a economia regional”, proporcionará a disponibilidade de 32 espaços de incubação física, três cabines insonorizadas, uma sala de coworking, duas salas de formação, duas zonas sociais, um mini auditório e uma sala de reuniões.

 

Com um investimento previsto de cerca de dois milhões e 200 mil euros, financiado por fundos comunitários e por uma contrapartida privada assegurada pelo Nerbe/Aebal e pela Câmara Municipal de Beja, a nova estrutura proporcionará ao território “a alavancagem da capacidade de fomentar a criação de emprego, de atração de talentos e de dinamização de setores estratégicos ligados à tecnologia, à sustentabilidade e aos serviços inovadores”, pode-se ler em nota de impressa do núcleo empresarial.

 

De acordo com o seu presidente, David Simão, esta segunda fase está pensada desde a data da inauguração do CIBT – “Nesse mesmo dia [10 de novembro de 2022], apresentámos o projeto de continuidade, uma vez que os espaços disponibilizados na fase inicial foram quase de imediato preenchidos na sua totalidade”. Desta forma, esta segunda fase do CIBT, que se constitui como o prolongamento do projeto inicial – “que tem sido de sucesso e de referência, ajudando novos projetos a instalarem-se aqui” –, permitirá dar resposta a várias solicitações de interesse em incorporar novos espaços que este projeto disponibilizará. Solicitações que têm chegado, nomeadamente, por parte de empresas ligadas “ao agronegócio, à comunicação digital, a áreas de serviços de apoio à indústria, de desenvolvimento e de investigação científica, da cibersegurança”, explicita David Simão, que sublinha a vantagem do projeto em abarcar “novas ideias de negócio”, as quais, diz, serão de grande importância para “o desenvolvimento da região”, esperando que o CIBT Nerbe “continue a inspirar a próxima geração de empreendedores e a contribuir para a construção de um futuro mais próspero e inovador para o Baixo Alentejo”.

 

Após o lançamento do concurso público internacional para adjudicação dos trabalhos, que decorrerá “até ao início do verão”, o presidente do Nerbe/Aebal crê que “até ao final de 2026” a obra estará “concluída, inaugurada e com a capacidade de integrar estas empresas no distrito empresarial da nossa região”.

 

Para além desta nova infraestrutura, e para que a capacidade empresarial se constitua num futuro próximo com maior vitalidade no território, David Simão diz ser imprescindível o entendimento dessa necessidade por parte do poder político. “É preciso que os organismos de decisão central e regional percebam que, realmente, nós temos um tecido empresarial vivo, dinâmico, empreendedor, que tem elevado o nível de produção da região dos setores primário, secundário e terciário, todos eles com novos empreendimentos, capazes de fazerem evoluir os seus negócios. Para isso é preciso que tenhamos boas vias de acesso rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias, para que consigamos colocar aquilo que melhor produzimos na região em mercados que acrescentem valor para as nossas empresas”.

 

Outra das imprescindibilidades elencadas por David Simão, para levar a cabo a estratégia de desenvolvimento da região, é o trabalho em rede, “a articulação de esforços”, entre os setores privados e público – “que quando se juntam, são capazes de fazer e de empreender projetos fantásticos, como é o caso do CIBT” –, permitindo dar “o sinal, claro e evidente, que a região fala a uma só voz, que as empresas e os organismos do Estado, da região e nacionais estão com atenção ao Alentejo, que veem nesta terra a possibilidade de ser próspera, de se desenvolver economicamente e de dar melhores condições a quem nela habita”, conclui.

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