Diário do Alentejo

Aprender, aprender sempre
Opinião

Aprender, aprender sempre

Manuel Camacho, engenheiro

10 de novembro 2019 - 12:15

Nos tempos presentes todos nós temos um manancial de oportunidades que permitem ampliar os nossos conhecimentos. São recursos disponíveis nas mais diversas dimensões: a literatura, a Internet, a televisão, a rádio, as partilhas através das redes sociais… Nunca como hoje houve tantas possibilidades de acesso ao conhecimento. Acrescento que a disseminação das ideias, a troca de opiniões, o posicionamento sobre as mais diversas matérias se democratizou, logo, tornou-se mais abrangente, contribuindo igualmente para a redução do analfabetismo reinante nas décadas mais atrasadas.

 

Contudo, adivinha-se uma crescente iliteracia em vastas camadas da nossa população, justamente por haver um alheamento preponderante na análise das temáticas, ou seja, por vezes quem lê ou ouve não questiona, logo, não usa uma ferramenta fundamental que é o uso do contraditório.

 

Nos últimos anos, especialmente em virtude da disponibilidade de tempo, assistiu-me o ensejo de ampliar de forma sistemática os meus horizontes do conhecimento, envolvendo-me em projectos sólidos que passaram inclusivamente pela escolarização formal, dando assim, uma dimensão mais elevada na assimilação de muitas outras matérias, que de forma livre escolhi para alcançar esse desiderato.

 

Trata-se de abraçar práticas que deverão ser recorrentes, pois desta forma, as mesmas nos enriquecem e catapultam para um supremo estado de realização pessoal. Nunca é tarde para aprender e simultaneamente nos sujeitarmos a uma nova disciplina. Afinal, somos a emanação constante das virtudes consagradas na natureza humana, que é a superação dos bloqueios, das insuficiências, dos atrasos congénitos que todos nós herdámos.

 

Não há fórmulas mágicas para atingir o conhecimento, o mesmo só advém através do trabalho abnegado, da disciplina, da disponibilidade e da partilha. O mesmo só é tangível se a conjugação destes factores se alinhar numa harmonia perfeita.

 

Um povo culto e esclarecido está imune às ideias espúrias que campeiam nos tempos presentes, porque os sinais de alarme já se ouvem ainda que timidamente soar. Urge apostar definitivamente na valorização de todos, como forma a que façamos parte de uma comunidade esclarecida, logo, “vacinada” contra as teorias e as práticas assentes na intolerância, no chauvinismo, no racismo e no populismo.

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