O avião que vai fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan, saiu às 10:00 horas do aeroporto de Beja em direção a uma das pistas da base aérea n.° 11, de onde descolou às 10:06. Esta operação atraiu dezenas de curiosos às imediações do aeroporto de Beja para assitirem à partida do aviã,o que vai tirar 350 pessoas de Wuhan, cidade chinesa onde surgiu o coronavírus, que já matou 170 pessoas.
Trata-se de um aparelho da companhia aérea portuguesa Hi Fly, retada para fazer o resgate de cidadãos europeus em território chinês”. Fonte da tripulação que vai viajar neste voo confirmou à Lusa que alguns elementos foram chamados para participar no voo e que a aeronave vai aterrar no Vietname, seguindo depois para a China. O Jornal de Notícias refere também que a pista do aeroporto de Beja - a única infraestrutura aeroportuária em Portugal capaz de acolher a maior aeronave comercial do mundo (A380) – tem mais duas horas reservadas para voos, posteriores à partida do primeiro.
“Está tudo preparado para a missão. Estamos prontos para ir e trazer as pessoas, portugueses incluídos”, disse O comandante Antonios Efthymiou, da companhia Hi Fly aos jornalistas no aeroporto de Beja, momentos antes da descolagem. Antonios Efthymiou explicou que o voo fará escala em Paris e em Hanói, no Vietname, e depois seguirá para a China “Depois disso, o avião ou volta para aqui [Beja] ou faz outra missão, depende”.
O comandante da Hi Fly indicou que deverão ser repatriadas 350 pessoas, incluindo cidadãos portugueses que estão na China – quase todos em Wuhan, na província de Hubei -, e já pediram para deixar o país. Questionado sobre se a tripulação teve algum treino específico por causa do vírus, o comandante esclareceu que têm estado em contacto com o departamento médico da companhia e tiveram uma preparação especial nas instalações da empresa em Lisboa. “Todas as precauções foram impostas pelas autoridades de aviação asiáticas. (…) Estamos prontos para partir. É uma missão humanitária e temos orgulho em trazer as pessoas de volta. Podia ser a nossa família”, sublinhou.
O jornal afirma ainda que, depois de sair de Portugal, um dos aparelhos irá rumar a França, “onde entrarão cerca de três dezenas de operacionais – entre médicos, autoridades e técnicos de saúde” -, seguindo depois para o Vietname.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, refere que vão ser enviados técnicos "para explicar às tripulações portuguesas quais os comportamentos a adotar” neste tipo de operação.