A moção defende "o processo de descentralização implementado, embora com evidentes benefícios para entidades e populações, deve ter ampla participação, respeitando vontades e interesses locais, mesmo que, para tal, tenhamos a coragem de suspender a dinâmica desejada e permitir uma maior discussão e análise”.
Segundo o município, as atuais comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) "podem ser reforçadas nas suas competências e decisões" com a descentralização, "aproximando das populações as políticas de desenvolvimento sustentável”. Mas, frisa, "é importante realçar que a descentralização não pode, nem deve ser confundida com a democratização/regionalização, pois são conceitos e visões diferentes de reorganização jurídico-política do Estado Português".
"O reforço das competências e decisões das CCDR, certamente importante e oportuno, não deve servir de instrumento para a definição territorial das futuras regiões", sublinha, defendendo que "os órgãos políticos eleitos devem deixar claro" que "a descentralização não deve ser confundida com a regionalização".
"Acreditamos na descentralização e na regionalização do Estado Português, mas não podemos aceitar a descentralização como uma solução alternativa para a organização do Estado e a definição de territórios", sublinha a autarquia. "Descentralização e regionalização sim! Descentralização ou regionalização não!", defende a autarquia, frisando que, "politicamente, um novo referendo" sobre a regionalização "é seguramente incontornável".