Diário do Alentejo

Investimento: Câmara de Beja vende nove lotes a empresas

14 de dezembro 2019 - 12:00

A Câmara de Beja vendeu esta semana nove lotes de terreno onde deverão instalar-se duas fábricas e um armazém, num investimento total previsto de 19,2 milhões de euros, que poderá criar 92 postos de trabalho. "São expectativas de investimentos, que, no caso de se concretizarem, serão muito positivos para Beja", porque "irão empregar 92 pessoas de forma direta", disse à Lusa o presidente do município, Paulo Arsénio.

 

Por outro lado, "dois dos três investimentos previstos são fábricas, o que vai permitir fomentar o setor secundário, a atividade transformadora, que existe pouco em Beja", frisou, referindo que este "é um dos objetivos" da Zona de Acolhimento Empresarial Norte onde estão os lotes. A "expectativa" do município é que a zona empresarial "sirva sobretudo para fomentar indústrias de média dimensão capazes de alavancar a economia do concelho de Beja e, neste sentido, estes investimentos são muito importantes", frisou.

 

Segundo o autarca, sete dos nove lotes foram vendidos a uma empresa espanhola para instalação de uma fábrica de cerveja, num investimento previsto de 16 milhões de euros e que poderá criar 40 postos de trabalho. Um lote foi vendido a uma empresa francesa para instalação de uma fábrica de xaropes e licores, num investimento de três milhões de euros e que poderá criar 50 postos de trabalho. Uma empresa de construção civil com sede no concelho de Beja comprou um outro lote para instalar um armazém de materiais, num investimento de 200 mil euros e que poderá criar dois postos de trabalho.

As empresas têm um prazo inicial de três anos para concluir as construções das fábricas e do armazém e, se for cumprido, as novas unidades deverão começar a laborar até 2023, diz Paulo Arsénio.

Com as vendas dos nove lotes, concretizadas esta semana com as escrituras, o município arrecadou um total de 212.467 euros, que inclui a infraestruturação dos espaços e ao qual irá somar-se os valores apurados do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT), precisou.

 

Paulo Arsénio explicou que, segundo o regulamento da Zona de Acolhimento Empresarial Norte, as empresas, após assinatura da escritura, têm seis meses para apresentar o projeto de arquitetura e especialidades, depois mais seis meses para eventuais correções e posteriormente dois anos para concluir as construções. Em caso de incumprimento, o município poderá conceder uma prorrogação de um ano às empresas que apresentarem justificação válida para não terem concluído as construções no prazo inicial ou reservar-se ao direito de comprar os lotes ao preço a que os vendeu.

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