Diário do Alentejo

EDIA investe 50 milhões em painéis fotovoltaicos

23 de outubro 2019 - 11:45

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) anunciou que vai investir 50 milhões de euros na instalação de dez centrais fotovoltaicas flutuantes no empreendimento, constituindo "o maior projeto fotovoltaico flutuante da Europa". Segundo a EDIA, as dez centrais, que serão unidades de produção para autoconsumo, vão ser instaladas junto às estações elevatórias da rede primária do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) e ocupar uma área com cerca de 50 hectares sobre a água.

 

As centrais vão ter uma potência total instalada de 50 megawatts-pico (MWp) e uma produção anual de energia estimada em 90 gigawatts-hora (GWh), o que "será suficiente para abastecer cerca de 2/3 de toda a população do Baixo Alentejo", refere a EDIA, estimando que serão necessários mais de 127 mil painéis fotovoltaicos para a instalação das dez centrais, os quais irão permitir evitar a emissão de cerca de 30 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.

 

A maior das 10 centrais terá uma área de 28 hectares, será "a maior da Europa" e ficará instalada junto à Estação Elevatória dos Álamos, que é "a maior" do EFMA. A empresa informa que está a preparar o lançamento do concurso público internacional para fornecimento, instalação e licenciamento e também para manutenção e operação durante os primeiros cinco anos das dez centrais. O concurso terá como preço base 50 milhões de euros, que serão financiados em 45 milhões de euros pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa e em cinco milhões de euros por capitais próprios da EDIA.

 

De acordo com a empresa, "a questão energética é determinante para a sustentabilidade do projeto Alqueva, uma vez que é a principal fonte de custos variáveis na distribuição de água". Por isso, "a diminuição sustentada dos encargos energéticos nas operações de exploração do EFMA é um objetivo a manter pela EDIA nos próximos anos, até que se consiga atingir o ponto de otimização máximo de toda a infraestrutura".

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