Diário do Alentejo

Editada obra vencedora do Prémio Manuel da Fonseca

21 de outubro 2019 - 10:05

A obra vencedora do 12.º Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, “Um Fiel Jardineiro”, da autoria de Maria de Fátima Candeias, foi lançada este sábado, em Santiago do Cacém. Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias, que concorreu sob o pseudónimo MNEMÓSINE, recebeu, em outubro do ano passado, a distinção relativa à obra vencedora da 12.ª edição do prémio, que tem caráter bienal.

 

Instituído em 1995 pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, o prémio pretende homenagear o escritor Manuel da Fonseca, figura incontornável da literatura portuguesa, distinguindo contos originais, escritos em língua portuguesa por autor natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.

 

O livro foi escolhido, por unanimidade, pelo júri, constituído por José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, presidente da Associação Portuguesa dos Críticos Literários e pela mestre em estudos portugueses e professora Paula da Graça Rodrigues.

 

Trata-se, segundo o júri, de um “conjunto de contos com uma ligação interna de natureza reflexiva e cujos núcleos temáticos colocam em primeiro plano incidentes do quotidiano para deles extrair lições de vida". A escrita "agradável de seguir graças a um discurso equilibrado e comunicativo” também esteve na base da atribuição do prémio a Maria de Fátima Candeias.

 

Com “Um Fiel Jardineiro”, a escritora recebeu um prémio de quatro mil euros, além da edição do livro que foi lançado oficialmente, este sábado, no concelho onde nasceu o escritor Manuel da Fonseca. De acordo com o município de Santiago do Cacém, na 12.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, que pretende contribuir para a revelação de novos criadores da língua portuguesa, foram admitidos a concurso 19 originais de autores lusófonos.

 

Manuel Lopes Fonseca (1911-1993), conhecido no mundo das letras como Manuel da Fonseca, foi poeta, contista, romancista e cronista. Nas suas obras, marcadas pela intervenção social e política, relatou a dureza da vida no Alentejo, realidade que lhe era próxima. “Cerromaior” (1943) e “Seara de Vento” (1958), vários volumes de poesia e também de contos, como “O Anjo no Trapézio” (1968) ou “O Fogo e as Cinzas” (1953), são alguns dos seus livros.

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