Beja foi o local escolhido pelo PSD para o primeiro contacto com a população durante a campanha oficial para as legislativas, um passeio de passo acelerado ao longo de 450 metros, no qual houve tempo para tomar café. Faltavam poucos minutos para as 10:00 e já o presidente do PSD, Rui Rio, e o cabeça de lista pelo círculo de Beja, Henrique Silvestre Ferreira, se encontravam no ponto de encontro marcado, acompanhados por apoiantes e jovens sociais-democratas com bandeiras e megafones.
Neste momento de contacto com a população de cerca de 20 minutos, que começou junto a uma pousada e terminou numa praça no centro da cidade, a comitiva social-democrata entrou em estabelecimentos e foi abordada por alguns populares. A meio do percurso a comitiva aproveitou para se sentar numa pastelaria centenária e beber um café, antes de o líder do PSD entrar para o fórum da TSF, num estúdio ambulante montado a bordo de uma carrinha estacionada na praça onde terminou a iniciativa. Nessa pastelaria, o primeiro candidato pelo círculo de Beja aproveitou para mostrar ao presidente do partido sobre o "porquinho doce", uma iguaria típica da região feito com amêndoa, gila, cacau e pão. Nessa altura, juntou-se ao grupo o vice-presidente do PSD David Justino, onde também já estava o secretário-geral do partido, José Silvano, que tem acompanhado a volta nacional.
A comitiva, de poucas dezenas de pessoas, era encabeçada por Rio que, em passo acelerado, ia entrando em algumas lojas e falando com alguns populares a quem distribuía lápis e jornais do partido. Enquanto entregava um exemplar a duas mulheres dentro de uma ourivesaria, o social-democrata disse que este jornal contém "notícias verdadeiras, não são fabricadas". Apesar de as pessoas perguntarem pelas habituais canetas que são distribuídas em campanha, as preocupações ambientais levaram os sociais-democratas a trocar a tinta pela grafite. Esta opção provocou uma viagem ao passado de um homem que seguia na rua, e que recordou, em conversa com Rui Rio, que já não usava um lápis desde pequeno.
Já dentro de uma `casa da sorte´, Rio confidenciou que prefere jogar no Totoloto em detrimento do Euromilhões, e explicou porquê: "A probabilidade de sair é melhor, o outro é mais difícil, e para que é que eu quero 190 milhões? Se me saírem três milhões já chega e sobra", afirmou. Mais à frente, uma senhora aproveitou para se queixar do facto de a autoestrada ainda não ter chegado a Beja e outra fez questão de cumprimentar o presidente do PSD, que é candidato pelo Porto. "Prazer em conhecê-lo pessoalmente, muito gosto, temos de ganhar isto", atirou, desejando força à candidatura para o dia 06 de outubro.
Entretanto, o passeio ia sendo animado pela Juventude Social Democrata (JSD), que iam cantando: "PPD, PPD, assim se canta, assim se vê, é a força PSD"; "ninguém para o Rui Rio, ninguém para o Rui Rio, olé oh"; "e salta Silvano, e salta Silvano, olé". Também houve oportunidade de mostrar em Beja as canções mais elaboradas, dirigidas ao PS, que já tinham sido cantadas na campanha para as eleições europeias, mas que ganharam agora nova letra: "vamos acabar com esta bandalheira, tachinho para o pai, tachinho para a filha e para a família inteira"; "e ninguém para esta choradeira, chora o Costa, chora o Centeno e a família inteira".
A JSD aproveitou para recordar também a participação do primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, no "Programa da Cristina", no qual cozinhou uma cataplana, através do refrão do "mestre da culinária" de Quim Barreiros. "Ele é o mestre da culinária e cozinha para a Cristina, cativando na ferrovia, levando o país à ruína", cantavam os jovens.