“Há uma força que trava os investimentos na região e que eu não consigo explicar”, diz Florival Baioa, presidente da Associação de Defesa do Património de Beja (AdpBeja) em declarações ao semanário Expresso, nas quais recorda os investimentos que faltam concretizar na melhoria das acessibilidades ao Baixo Alentejo. A começar pelo aeroporto.
“As companhias charter poderiam aproveitar Beja se tivéssemos melhores acessibilidades. Um aeroporto como este, que está longe das grandes cidades, tem custos mais baixos e por isso é bom para as companhias de baixo custo”.
Florival Baioa recorda que faltam completar 40 quilómetros de estrada que permitiriam encurtar a ligação de Beja e Lisboa: de 1h55 para 1h40. Por outro lado, “a eletrificação e modernização da linha ferroviária permitem fazer a ligação por comboio em 1h25 em vez de 2h05”.
Investimentos necessários para "dinamizar a região", até porque "o aeroporto é a única coisa que pode fixar gente, porque podem instalar-se as indústrias que bem se entender”.
Nas declarações ao suplemento de economia do jornal, o presidente da AdpBeja critica ainda o que considera ser a "timidez" dos autarcas da região e lamenta o facto de "Beja, ao contrário de Évora, não ter lóbi".