Diário do Alentejo

Hospital de Beja com menos 400 dadores de sangue

18 de junho 2019 - 16:15

Texto José Serrano

 

De acordo com dados facultados pelo serviço de Imunohemoterapia da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, houve uma redução, de 2017 para 2018, de cerca de 400 dadores de sangue, referindo, ainda assim, os responsáveis pelo serviço, a autossuficiência para as necessidades semanais.  Da totalidade do sangue recolhido aos 2142 dadores registados no ano passado, 952 recolhas foram efetuadas no serviço de Imunohemoterapia da Ulsba, tendo sido as restantes 2104 registadas pelas 72 brigadas de recolha de sangue, ao longo do ano, nos vários concelhos do distrito de Beja. Brigadas que “vão ao encontro” de dadores de sangue e que são constituídas por uma equipa do serviço de Imunohemoterapia e por várias outras entidades do distrito.

Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o serviço de Imunohemoterapia da Ulsba refere a natureza generosa dos baixo-alentejanos e, como tal, a existência de “uma razoável proporção de dadores de sangue” referindo, contudo, a necessidade de um incremento dessa predisposição através da sensibilização para a importância da dádiva de sangue junto das camadas jovens.

 

Francisco Reis, presidente da Associação de Dadores de Sangue de Beja, entidade que conta atualmente com 200 dadores, – “Infelizmente nem todos fazem a sua dádiva com a regularidade desejável” –, diz que a doação de sangue, no distrito de Beja, se debate com problemas relacionados com o envelhecimento populacional e a desertificação do território. Uma das consequências desta realidade “é a elevada média de idades dos nossos dadores, seguramente superior a 40-45 anos”, refere.

 

Em 2018 esta associação registou 1657 dádivas, menos 171 do que as registadas em 2017, para o mesmo total de brigadas efetuadas (46) nos dois anos referidos.Para o ano que decorre a associação calendarizou para o distrito, em conjunto com o serviço de Imunoterapia da Ulsba, 48 brigadas, que percorrerão grande parte do território, estando presentes desde Vila Verde de Ficalho, em Serpa, até São Luís, em Odemira. Um percurso que pretende, a cada ano, angariar novos dadores, sensibilizando as populações para o ato altruísta da dádiva de sangue a fim “de minorar a falta deste preciso bem”, diz Francisco Reis.

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