Diário do Alentejo

Trabalhadores da Câmara de Beja iniciam greve

17 de junho 2019 - 14:40

Atrasos nos setores de higiene e limpeza e encerramento dos serviços de jardinagem e de tesouraria são efeitos da greve parcial de trabalhadores da Câmara de Beja, que arrancou hoje, indicou fonte sindical. “Os trabalhadores aderiram à greve dentro do que eram as nossas expectativas e com um número bastante significativo, o que fez com que houvesse algumas dificuldades ao nível de vários serviços”, disse à agência Lusa Vasco Santana, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

 

Segundo o sindicalista, “a jardinagem não está em funcionamento” e, no setor operacional do município, “a parte da higiene e limpeza não encerrou na totalidade, mas sofreu atrasos”. “No que respeita ao departamento técnico da câmara, a maior parte dos serviços encerrou” durante o período de greve, nomeadamente “o atendimento e a tesouraria”.

 

A realização da greve foi decidida por trabalhadores da autarquia num plenário em que estes "recusaram" a última proposta do executivo de repor um dos três dias este ano e os restantes dois em 2020, acrescentou a fonte sindical. Os trabalhadores "não aceitam uma reposição faseada" dos três dias de férias e decidiram realizar a greve para "exigir que sejam repostos na totalidade de uma só vez e já este ano", frisou.

 

A greve, que abrange todos os trabalhadores do município, é marcada "de forma simbólica" pelo número três e decorre nos primeiros três dias desta semana, em períodos de três horas, de acordo com o STAL. A greve no setor operacional vigora entre as 7h00 e as 10h00, no turno da manhã, e entre as 18h00 e as 21h00, no turno da noite, enquanto, no setor administrativo e técnico, os trabalhadores podem aderir à paralisação entre as 9h00 e as 12h00.

 

Na sexta-feira passada, o presidente da autarquia, Paulo Arsénio, disse que a greve era “uma decisão dos trabalhadores filiados no STAL", que "são cerca de 45%" do total de trabalhadores do município, e que o executivo "respeita, mas na qual não se revê". O executivo "concorda com a reposição dos três dias de férias", mas "não está em condições de os poder repor integralmente este ano e não concorda com a forma como o STAL exige a reposição", argumentou o autarca, invocando a “carência muito significativa de pessoal” existente “no setor operacional”.

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