Os impactes dos olivais e amendoais intensivos na paisagem e no património são o tema de um debate que a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRC Alentejo) e a Escola Superior Agrária de Beja promovem na próxima quinta-feira, 13 de junho.
"Património e inovação agrícola: um diálogo necessário na valorização da paisagem", "Património e Agricultura: um diálogo natural na dignificação da memória" e "Paisagem, património e agricultura, uma questão de diálogo" são os temas das intervenções.
Além de Ana Paula Amendoeira, diretora regional de Cultura do Alentejo, e de António Nunes Ribeiro, presidente da Escola Superior Agrária, a iniciativa contará com comunicações apresentadas por Teresa Pinto Correia (professora catedrática do Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Évora), Samuel Melro e Miguel Rego (arqueólogos), entre outros. Igualmente convidado foi Luís Folque, administrador-executivo da Sovena, um dos maiores produtores mundiais de azeite.
A DRC Alentejo justifica a iniciativa pelo facto de a região estar a assistir "a um dos mais extraordinários programas de investimento público e privado jamais realizado em Portugal na área da agricultura, decorrente, sobretudo, da construção da Barragem de Alqueva, mas igualmente fruto das profundas transformações a que se assiste em toda a região associadas às novas práticas agrícolas e de mercado".
"Os desafios que este novo paradigma socioeconómico vem gerar no nosso território levanta questões de fundo no que concerne ao futuro das paisagens rurais, recursos essenciais para o futuro da sociedade humana e do ambiente mundial. Ao mesmo tempo, esta é uma problemática que afecta de igual forma o património cultural alentejano, e em particular, o património arqueológico, património que pode desempenhar um papel significativo no reconhecimento, protecção e promoção das paisagens rurais e da diversidade biocultural devido aos importantes valores que representa".