Diário do Alentejo

Autocaravanistas contra proibições em Porto Covo

05 de junho 2019 - 12:00

A Associação Autocaravanista de Portugal discorda da proibição de autocaravanas no perímetro urbano de Porto Covo e defende soluções para resolver o problema do campismo na via pública. “Temos dialogado com muitos autarcas que têm, de facto, um problema com as pessoas que compram uma autocaravana, mas não são autocaravanistas e depois estacionam onde acham que podem estacionar e nem sempre o podem ou devem fazer”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Autocaravanista de Portugal, Paulo Moz Barbosa.

 

Considerando que a associação “rege-se pelo Código da Estrada” e “por uma declaração de princípios”, que determina que os autocaravanistas “só podem fazer campismo nos parques de campismo”, Paulo Moz Barbosa admitiu que o autarca de Porto Covo possa “estar a fazer várias confusões”.

 

“Estar estacionado de acordo com as normas do Código da Estrada em locais que o código permita não é fazer campismo e dormir dentro de uma autocaravana em locais onde o código permite o estacionamento não é campismo”, advertiu.

 

Para o responsável da associação, que representa 920 autocaravanistas, se o presidente da Junta de Freguesia de Porto Covo “tem razões de queixa das pessoas que estacionam indefinidamente, abrem os toldos e fazem campismo na via pública deve chamar as autoridades e autuar quem está a prevaricar”.

 

“É tudo uma questão de fiscalização e seguir o que está estipulado no Código da Estrada e não inventar sinais a proibir a circulação de autocaravanas”, considera Paulo Moz Barbosa, manifestando-se “absolutamente contra” o campismo na via pública, o responsável disse que o estacionamento “por um período limitado” é “a maneira que os autarcas têm para resolver o excesso de procura”.

 

“Pode dizer que em certas ruas é proibido o estacionamento a veículos que tenham mais de 4,5 metros e nos parques que entende que são de acesso às praias criar regulamento municipal que estabeleça um valor/hora e limite o tempo de estacionamento e depois compete às entidades fiscalizar e autuar”, sugeriu.

 

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