Os planos de ordenamento das albufeiras (POA), em fase de revisão, vão reservar espaços para instalar novas centrais fotovoltaicas flutuantes, garantiu o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. Salientando que se trata atualmente de “uma tecnologia madura, com uma fortíssima componente portuguesa” e já testada na barragem do Alto Rabagão, em Montalegre, Matos Fernandes disse que as fontes renováveis permitirão, por outro lado, “um preço menor na produção da própria eletricidade”.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética falava aos jornalistas, no final da apresentação do projeto da EDP para investir 3,5 milhões de euros numa central fotovoltaica flutuante sobre as águas do Alqueva, com 11 mil painéis e uma produção estimada de 6 mil MWh, replicando em escala industrial o projeto do Alto Rabagão, no rio Tâmega.
“Produzir energia a partir de fonte renovável é muito mais barato do que a partir de combustível”, o que, na sua ótica, trará vantagens no preço final “sobretudo às famílias e às empresas”.
Sobre a aposta na instalação de mais centrais fotovoltaicas flutuantes, como a que foi anunciada para a albufeira do Alqueva, considerou que “há uma necessidade imensa de que isso aconteça”, para que Portugal cumpra o objetivo de, em 2030, “85% da energia consumida ter origem em fontes renováveis”.
“Só assim garantiremos o nosso objetivo”, sublinhou.
Os POA são planos especiais de ordenamento do território que consagram as medidas de proteção e valorização dos recursos hídricos na área a que se aplicam, de modo a assegurar a sua utilização sustentável, vinculando a administração pública e os particulares.