O projeto para o Alqueva tem "uma escala industrial", adiantou, referindo que estão previstos 11.000 painéis solares – que compara com 840 na barragem transmontana – e uma estimativa de produção anual de 6.000 MWh (face aos 300 MWh do piloto no Alto Rabagão), o equivalente ao consumo de um quarto da população de Portel e de Moura. Esta central fotovoltaica flutuante servirá ainda para testar duas novas possibilidades: acoplar aos painéis solares baterias de iões de lítio para acumular energia e ser utilizada nas horas em que não há produção solar e otimizar o sistema, aproveitando a existência de bombagem.
"Um segundo teste é o conceito da hibridização do solar flutuante com a hídrica com bombagem", disse, explicando que, tendo em conta o que acontece em outros mercados com forte produção solar, como a Alemanha, "faz sentido ter capacidade de produção solar para alimentar a bombagem".
Neste momento, o projeto está em consulta pública, tendo depois que ser apreciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). De acordo com o responsável, se forem obtidas as autorizações, "o objetivo é em 2020 instalar o projeto", com um investimento estimado de 3,5 milhões de euros.