No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Oliveira, assinalado no passado dia 26 de novembro, a Câmara Municipal de Moura apresentou a Rota do Azeite de Moura, uma iniciativa que visa “dar a conhecer o ciclo do azeite desde a colheita até ao seu consumo”.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
“O olival é a alma do concelho. Os nossos produtores olivícolas são o motor que faz andar esta máquina que é o concelho de Moura [e, por sermos] um concelho marcadamente olivícola, [com] a nossa tradição agrícola a ser o olival e a azeitona, esta rota quer ser um convite a quem nos visita para que possam conhecer a cidade e a nossa identidade”. É desta forma que Álvaro Azedo, presidente da Câmara Municipal de Moura, apresenta ao “Diário do Alentejo” o mais recente projeto do município, a Rota do Azeite de Moura.
O percurso inicia-se com a visita a um olival tradicional na estrada dos Escudeiros, composto por 60 a 200 oliveiras por hectare, com um tempo de produção de 15 a 20 anos, seguindo-se a passagem por um olival moderno com 285 a 415 oliveiras por hectare e com uma demora de cinco a sete anos de produção. Mais tarde, a rota convida a uma visita pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (Cepal), ao jardim das Oliveiras Miguel Hernandes, para observação das diferentes espécies de oliveiras presentes, ao tradicional Lagar de Varas do Fojo e ao lagar da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos. Por fim, o trajeto termina na loja da Herdade dos Coteis, em que é possível “conhecer os produtos produzidos e comercializados pela família Venâncio”.
“A rota tem um conjunto de pontos de interesse em que os visitantes poderão trocar impressões com os técnicos, conhecer a nossa tradição e confronta-la com a modernidade. A Câmara Municipal de Moura há uns anos a esta data percebeu que só há uma forma de nos darmos a conhecer, [ou seja], tendo muito orgulho na nossa identidade, na nossa história, e oferecê-la a quem nos visita”, realça.
Desta forma, a Rota do Azeite de Moura serve de chamariz para “dar a conhecer o ciclo do azeite desde a colheita até ao seu consumo”, mas também fazer com que ela seja “uma montra da nossa identidade, da nossa cultura, das nossas tradições” e “de tudo aquilo que o povo e o concelho têm para oferecer a quem nos visita”.
“Oferecemos um abraço bem aberto para que as pessoas se sintam bem e que saiam de Moura com muita vontade de regressar”, adianta o edil.