Diário do Alentejo

Houve “revolução” na “Alentejana”

26 de março 2023 - 11:00
Na terra natal de Salgueiro Maia
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

Texto | Firmino Paixão

 

Estava prometido desde a primeira hora em que Orluis Aular se apresentou na cidade de Beja para correr esta edição da Volta ao Alentejo em Bicicleta. O corredor venezuelano, da Caja Rural, avançou com o desejo de fazer história nesta prova, não por conseguir uma segunda vitória, porque esse feito já pertence ao espanhol Carlos Barbero, mas pelo facto de conseguir duas vitórias consecutivas e isso, sim, será inédito. Na verdade, o corredor da equipa espanhola andou sempre ali nos primeiros lugares das primeiras etapas, como que a espreitar a sua oportunidade de subir ao pódio. Sempre se disse que a etapa que se concluiria em Castelo de Vide, pelos desafios orográficos que teve ao longo dos 148,2 quilómetros que trouxeram o pelotão desde a vila do Crato, seria potencialmente decisiva nas contas da prova. E o facto parece estar consumado.

 

As sucessivas contagens para o prémio de montanha que os corredores tiveram que enfrentar foram fazendo a diferença, selecionando os verdadeiros especialistas nesta área, os melhores trepadores, e nesse pressuposto, o colombiano Adrian Bustamante, da Kelly/Simoldes/UDO, foi o mais competente na chegada à meta final em Castelo de Vide. Venceu a etapa, mas, na sua roda, trazia Orluis Aular, que à partida do Crato ocupava a terceira posição na geral a escassos nove segundos do francês Cyril Barthe, que envergara a amarela em Estremoz, no dia anterior.

 

E as bonificações horárias têm esse desígnio, um ciclista pode chegar ao primeiro lugar mesmo sem vencer etapas, desde que seja muito regular nas chegadas, por isso, Orluis Aular (Caja Rural) vestiu de amarelo em Castelo de Vide e, ao símbolo da liderança juntou a Camisola Verde Delta Cafés, da classificação por pontos, com as quais vai pedalar, neste domingo, os últimos 154,9 quilómetros da prova, entre Monforte e Évora, última tirada da “Alentejana”, como líder da prova e potencial vencedor. A Camisola Branca Turismo do Alentejo também mudou para o corpo de Max Walter (Trinity Racing) e a Camisola Azul Correio da Manhã, do Prémio de Montanha também terá um novo portador, o português Pedro Silva, da Glassdrive/Q8/Anicolor.

 

A Volta terminará cerca das 15:20 horas na Praça do Giraldo, na cidade de Évora, palco para consagração de todos os vencedores.

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