Diário do Alentejo

Presidente do IPBeja promete “estabilidade, união e crescimento” para 2023

14 de janeiro 2023 - 11:00
Maria de Fátima Carvalho aponta o dedo a quem “em nome de interesses pessoais e despeitos egoístas” põe em causa “projeto educativo sufragado por unanimidade”
Foto | Ricardo ZambujoFoto | Ricardo Zambujo

Texto Aníbal Fernandes

 

A presidente do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), numa mensagem endereçada à comunidade escolar por ocasião do início do ano, promete um ano de 2023 marcado pela “estabilidade, união e crescimento”, mas não se inibe de criticar aqueles que “já não disfarçam, em nome de interesses pessoais, despeitos egoístas e solidariedades por compromisso”, e se movem em busca de “projetos individuais”.

 

Recorde-se que, em meados de dezembro de 2022, o “Diário do Alentejo” noticiou o pedido de demissão em bloco das direções das quatro escolas superiores que integram o IPBeja, atitude tomada também pelo pró-presidente João Paulo Barros.

 

No texto a que o nosso jornal teve agora acesso, Maria de Fátima Carvalho, dirigindo-se “à comunidade escolar”, diz que este ano será “decisivo para a afirmação, consolidação e maturidade do projeto educativo e de investigação do Instituto Politécnico de Beja”.

 

A presidente do IPBeja diz que o programa em execução “foi sufragado e validado por unanimidade pelos órgãos legal e estatutariamente competentes” e avisa os contestatários de que as razões que os movem serão reveladas “em sede e momento próprios”.

 

“O Instituto é feito de todos, para todos, e não pode ficar refém de projetos de poder e retaliação pessoais. Estamos, por isso, ao lado dos que vivem o Instituto, dos que pretendem paz, estabilidade e elevação na gestão e atuação da instituição, e temos as condições, recursos, apoios e conhecimentos necessários para o garantir”, lê-se na missiva.

 

Maria de Fátima Carvalho e o seu vice-presidente, José Bilau, prometem “estar à altura do desafio” que enfrentam e garantem que tudo farão “no quadro legal e estatutário aplicável, e num registo de reserva, de decoro, digno e respeitável, para manter a estabilidade, o normal funcionamento da instituição e preservar a elevação e honorabilidade exigíveis a quem exerce funções públicas e posições de responsabilidade no ensino superior público português, mesmo quando o último e único recurso de outros seja o do desespero e o de afirmação de inverdades”.

 

Numa referência aos pedidos de esclarecimentos endereçados pela direção aos diretores aquando da apresentação da demissão, refere que os mesmos foram incapazes “de responder adequadamente às questões formal e reservadamente colocadas” e acusa-os de terem optado “por um registo não construtivo, mas de mero despeito provido de conteúdo e significado”.

 

Reiterando a posição oficial que recolhemos na altura de que este assunto seria tratado com “reserva” e a “nível interno”, a presidência do IPBeja diz que “não contribuirá, nem o seu silêncio ou reserva poderá ser entendido dessa forma, para criar, alimentar ou perpetuar qualquer ambiente de perturbação, de criação de condições favoráveis à exposição da vida interna da instituição e das vicissitudes próprias desse crescimento e das opções necessárias ao bem do IPBeja, ainda que seja firme na contestação de inverdades, intransigente no esclarecimento de todos”.

 

Em relação ao futuro próximo, Maria de Fátima Carvalho revela que “está em curso, e terminará em breve, o processo de renovação, reformulação e valorização das estruturas de direção e gestão do Instituto”, e apela a uma “reinvenção de ideias, modelos, atitudes e compromissos”, desafiando toda a comunidade a participar neste processo que considera ser “um tempo de renovação, e de dar espaço, esperança e oportunidade a novos elementos, com ideias novas e livre de compromissos”.

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