Texto Nélia Pedrosa
Estava agendada para o final da tarde de dia 28 de dezembro, já depois do fecho desta edição, uma assembleia-geral extraordinária da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja, com o objetivo de propor “a suspensão da decisão da demissão” dos órgãos sociais, apresentada em outubro, uma vez que não houve candidatos para assumir os destinos da corporação.
Segundo Rodeia Machado, o presidente demissionário, a suspensão permitirá, assim, que a atual equipa permaneça em funções até outubro de 2023. “Não é anular a decisão da demissão, porque essa não é possível, uma vez que foram marcados atos eleitorais, é suspender a decisão para permitir, desde já, a assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Beja”, em que a autarquia aumentará o apoio transferido anualmente, “passando dos atuais 120 mil euros por ano para 220 mil euros, permitindo assim uma gestão mais sustentável”, adianta ao “Diário do Alentejo”.
Estava previsto, também, de acordo com o dirigente, “solicitar à assembleia-geral um voto de confiança na direção”, para que possa, “com toda a legitimidade”, avançar com a assinatura do referido protocolo.
Também para quarta-feira, após a assembleia-geral extraordinária, estava prevista a realização de uma assembleia-geral ordinária “para aprovação do plano de atividades e orçamento para 2023”, assim como “para receber a doação de cerca de 60 mil euros” de um particular natural da região, “mas a residir há anos em Lisboa”, montante esse destinado à compra de uma ambulância, adiantou o presidente da direção.
Relativamente às razões que levaram a direção a pedir a demissão, Rodeia Machado lembra que no decorrer de uma “reunião conjunta da direção e do comando houve, por parte de um bombeiro, certas atitudes” que não toleram, sendo que aguardam, agora, a conclusão do processo disciplinar instaurado ao bombeiro “para saber qual a decisão” a tomar.