O Agrupamento de Escolas N.º 2 de Beja e a Escola Profissional de Alvito viram as suas candidaturas, submetidas ao concurso de modernização da oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional, integrada no Plano de Recuperação e Resiliência, serem aprovadas, num total de mais de três milhões de euros. Tal significará uma oportunidade de excelência para o reequipamento destes dois estabelecimentos de ensino, de acordo com os seus responsáveis, permitindo disponibilizar aos alunos dos cursos profissionais, das áreas industrial e de informática, importantes recursos educativos tecnológicos.
Texto José Serrano
No âmbito do concurso de modernização da oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional, integrada no Plano de Recuperação e Resiliência, o Agrupamento de Escolas N.º 2 de Beja (AE2 Beja) e a Escola Profissional de Alvito (EPAlvito) viram aprovadas as suas candidaturas, nacionais, para a criação de Centros Tecnológicos Especializados (CTE), nos dois estabelecimentos de ensino.
Uma meta agora atingida que, para Maria José Chagas, diretora do AE2 Beja, permitirá, através da verba disponibilizada de um milhão e 590 mil euros, ao Centro Tecnológico Industrial, que ficará implementado no bloco oficinal da Escola Secundária D. Manuel I, beneficiar o Curso Profissional de Manutenção Industrial – variantes Eletromecânica e Mecatrónica –, podendo ser aplicado a outros cursos que possam fazer parte da oferta educativa, através da implementação de “tecnologia moderna, com impacto económico e social, uma vez que os nossos alunos serão integrados no mercado de trabalho”.
Paralelamente, a aprovação desta candidatura, que tornará “os cursos mais apelativos”, indo ao encontro dos interesses dos alunos e podendo a escola “tornar-se um ponto de referência tecnológico”, constitui-se como “uma oportunidade única” deste estabelecimento de ensino se reequipar com “tecnologias utilizadas pela indústria mais avançada”.
Tendo-se iniciado a criação do CTE a partir do momento em que a candidatura foi deferida, e sendo o seu período de execução de três anos, Maria José Chagas, diz esperar que a escola comece a receber o novo equipamento em 2023.
Equipamento que contempla máquinas de controlo numérico computorizado e de medição por coordenadas, software para sistemas CAD/CAM, máquinas de eletroerosão, máquinas de realização de ensaios de materiais, equipamento de teste e diagnóstico, braço robótico colaborativo, scanner 3D, sistema pneumático/hidráulico de automação, desenho e criação de placas de circuito impresso, para além de equipamento formativo – a exemplo de computadores de elevado desempenho e monitores interativos.
Maria José Chagas sublinha o investimento que está previsto, singular de tão elevado, no bloco oficinal da escola, crendo que, desta forma, se conseguirá “capacitar os alunos para um melhor desempenho profissional, em áreas muito solicitadas pelas empresas da região”.
Também a direção da Escola Profissional de Alvito, que viu aprovadas duas candidaturas para a implementação de dois Centros Tecnológicos Especializados – um na área Industrial e outro na área da Informática, com um valor total de 2,6 milhões de euros, acentua a importância desta aprovação, que “permitirá reequipar e robustecer as novas instalações da EPAlvito – que serão inauguradas em breve – e modernizar a oferta profissional neste estabelecimento de ensino”.
A direção da EPAlvito refere ainda: “São os alunos o foco destes Centros e por isso, são eles que mais beneficiarão com a sua criação, cujo investimento permite a aquisição de recursos educativos tecnológicos – equipamento de ponta”.
Na EPAlvito, o CTE Industrial abrange os cursos Técnico de Cozinha/Pastelaria, Técnico de Restaurante/Bar e Técnico de Turismo Ambiental e Rural, contemplando o CTE Informática todos os cursos da área das Ciências Informáticas. Campos do conhecimento, referem os responsáveis da direção, que “requerem mão-de-obra qualificada e se inserem num processo de mutação tecnológica, acelerada pelos desafios da transição climática e da transição digital”, pelo que, “se torna relevante a valorização da rede e o aumento da atratividade das formações, nesses domínios de especialização”.
Das 311 candidaturas apresentadas a concurso para modernização da oferta e dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional – Centros Tecnológicos Especializados – foram aprovadas 104. Para a região do Baixo Alentejo existia no projeto, à partida, um total de quatro vagas, ficando, agora, após estas três atribuições, uma só vaga disponível para as duas fases seguintes.
A 2.ª fase irá decorrer entre 1 de março e 29 de abril de 2023.
SERPA SEM CANDIDATURA APROVADANo âmbito do concurso de modernização da oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional, também a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa (EPDR Serpa) efetuou uma candidatura, nesta 1.ª fase, ao Centro Tecnológico Especializado (CTE) na área Industrial, com a mesma a ser indeferida.
A EPDR Serpa obteve uma pontuação de 84, 26 por cento, valor insuficiente face às candidaturas do Agrupamento de Escolas N.º 2 de Beja (91,50 por cento) e da Escola Profissional de Alvito (85,25 por cento), perfazendo um total de três candidaturas para duas vagas na região do Baixo Alentejo para CTE na área Industrial. A candidatura aprovada de Alvito ao CTE de Informática obteve uma avaliação de 84,63 por cento.