O II Encontro de Redes Intermunicipais de Bibliotecas Pública, que visa promover a reflexão, a partilha e a cooperação de soluções entre as instituições de leitura, decorre desde ontem em Mértola. No total, estão presentes 15 redes intermunicipais e 130 inscritos.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
O Pavilhão Multiusos de Mértola está a receber, desde ontem, o II Encontro de Redes Intermunicipais de Bibliotecas Públicas, organizado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB). O intuito passa por, durante os dois dias, refletir sobre a importância da cooperação em rede entre todas as instituições de leitura e os seus funcionários, bem como realçar e valorizar o papel das bibliotecas municipais para as comunidades.
Para Fernando Romba, primeiro-secretário da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), uma das entidades parceiras, este “é um exemplo de proximidade” entre a DGBLAB e as redes bibliotecárias, principalmente aquelas que trabalham no Interior do País, e servirá para “aprendermos um pouco mais sobre as boas práticas [das outras redes] e implementa-las aqui no nosso território”.
Face aos problemas demográficos e sociais que o Baixo Alentejo vive, as bibliotecas municipais são “agentes importantíssimos na divulgação do conhecimento e da cultura, [sendo] o garante do acesso livre e democrático ao livro e aos demais formados que os disponibilizam”. Segundo a vice-presidente da Câmara Municipal de Mértola, Rosinda Pimenta, “numa cidade, com livrarias e com diferentes espaços culturais, este papel pode desvanecer, mas aqui [no interior do Alentejo], as bibliotecas municipais continuam a ser espaços de excelência para a literacia cultural, literária, cientifica, digital e [inclusive] lugares também comunitários de encontro que atenuam o isolamento social”.
Este trabalho, “dentro e fora de portas”, que é feito diariamente, de acordo com o diretor-geral dos Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas, Silvestre Lacerda, está a “dar frutos” nas 15 redes intermunicipais, cerca de 181 bibliotecas das 249 existentes que o DGLAB acompanha, sobretudo pela dedicação dos profissionais desta “área particularmente sensível”.
“São os seus profissionais, que todos os dias trabalham e desenvolvem no terreno atividades, que colocam as bibliotecas públicas municipais ao serviço da comunidade em espaços físicos, móveis e vivos de democracia e que [lhes permitem] o acesso à informação, ao espirito critica, ao conhecimento e à felicidade”, refere.
O II Encontro de Redes Intermunicipais de Bibliotecas Publicas encerra hoje às 15:30 horas.
CASTRO VERDE RECEBE MENÇÃO HONROSA NO PRÉMIO MARIA JOSÉ MOURA
Durante o dia de ontem decorreu ainda 8.ª edição do Prémio de Boas Práticas em Bibliotecas Públicas Municipais – Maria José Moura, que visa premiar projetos que tenham contribuído para o reconhecimento e valorização do papel social das instituições de leitura públicas.
A Biblioteca Municipal de Vila Nova de Famalicão foi a vencedora deste ano, seguida pelas menções honrosas da Biblioteca Municipal de Castro Verde e da Rede Intermunicipal de Bibliotecas de Lisboa.
Face aos constrangimentos da pandemia, foram também entregues as premiações de 2019 à Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova e a menção honrosa à Rede Intermunicipal de Bibliotecas Públicas do Tejo.