Diário do Alentejo

Universidade de Évora pretende mapear olivais existentes no país

30 de março 2022 - 11:50

OLEAAdapt – Estratégia de Gestão de Pragas para a Resiliência e Sustentabilidade da Olivicultura Face às Alterações Climáticas. Assim é designado o projeto que a Universidade de Évora está a desenvolver para mapear os olivais existentes e conhecer quais as variedades de oliveiras mais resistentes.

 

Texto Marco Monteiro Cândido

 

O projeto, que surgiu em janeiro do ano passado, é liderado pela Universidade de Évora, através do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, e pretende que os agricultores, cooperativas, associações de agricultores e empresas ligadas ao olival oliveira (Olea europaea) cultivadas em Portugal.

 

Através desse registo e identificação, será produzido novo conhecimento para os agricultores, com aplicação real no terreno, dotando-os de conhecimento sobre as variedades nas quais devem apostar no futuro, como refere o coordenador do projeto, José Herrera.

 

“Conhecermos a distribuição atual das variedades de oliveira vai ajudar- nos a perceber, através de projeções para o futuro e considerando o cenário de alterações climáticas, quais serão as variedades mais resilientes e quais serão aquelas em que se deverá apostar em cada região do país. Para isto, é indispensável o apoio dos olivicultores e entidades associadas”.

 

Com o mapeamento a decorrer, todos os agricultores e intervenientes ligados ao olival podem participar no processo, enviando os dados das coordenadas geográficas dos olivais e respetivas variedades para oleadapt@uevora.pt ou preenchendo o mapa na plataforma desenvolvida pelos investigadores, disponível em http://hlserver.cc.uevora.pt:3838/form/ .

 

O OLEAAdapt conta com as parcerias do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (Cebal) e do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Iniav), sendo financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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