Diário do Alentejo

PACT quer atrair nómadas digitais para o Alentejo

15 de fevereiro 2022 - 12:00

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), sediado em Évora, quer atrair nómadas digitais para a região do Alentejo, apostando nas “condições fantásticas” do território e nas oportunidades criadas pela pandemia de covid-19.

 

“Estamos a lançar uma estratégia para atrair para o Alentejo nómadas digitais”, ou seja, pessoas de todo o mundo que trabalham remotamente, refere o presidente executivo do PACT, Soumodip Sarkar.

 

Segundo o responsável, a região alentejana “tem condições fantásticas para acolher” este tipo de pessoas, em teletrabalho.

 

“O PACT quer liderar este processo, mas não para o parque em si. O objetivo é atrair estes nómadas digitais para diversos sítios no Alentejo, envolvendo as câmaras e outras entidades”, acrescenta.

 

Admitindo que a estratégia ainda é embrionária, Soumodip Sarkar refere que o trabalho pode passar pela criação de infraestruturas de acolhimento, por exemplo com a adaptação de edifícios onde estes trabalhadores possam viver e trabalhar num espaço aberto.

 

O responsável diz equacionar a captação de verbas do Portugal 2030 ou através de uma eventual candidatura a fundos europeus do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT), liderado pelo PACT, mas que envolve a Universidade de Évora, três politécnicos, centros de investigação e incubadoras de base tecnológica, entre outros.

 

“Quero mobilizar o SRTT em torno desta ideia”, para criar no Alentejo “o que já existe na Madeira”, frisa.

 

Na Madeira, que já atraiu muitos trabalhadores remotos, está em curso o projeto Nómadas Digitais, que começou a ser promovido pela Secretaria Regional da Economia do arquipélago e pela Startup Madeira, incluindo também hotéis, outras empresas de diversas áreas ou plataformas internacionais.

 

“A presença de um ecossistema de nómadas digitais é enriquecedora para as regiões onde estes se vão instalando”, não só porque existe uma mobilização das economias regionais e nacionais, mas também porque se potencia o contacto entre diferentes culturas”, argumenta Soumodip Sarkar.

 

Esta ideia da atração de trabalhadores remotos de todo o mundo vai ser abordada na próxima quinta-feira (17/02), numa conferência agendada para as instalações do PACT, às 10:00, sob o lema “Como as Cripto Moedas e os NFTs (ativos digitais) podem trazer nómadas digitais ao Alentejo?”.

 

O PACT afirma ainda que a sessão marca o arranque do programa para atrair nómadas digitais para a região, para tirar partido das oportunidades criadas pela pandemia de covid-19 para o surgimento destas comunidades.

 

“São vários os estudos que têm indicado que Portugal é atualmente um dos países mais atrativos para nómadas digitais e teletrabalho”, destacando o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia.

 

A conferência de quinta-feira vai contar com as intervenções de Bogdan Danchuk, fundador da Remote Haven, o primeiro espaço de ‘co-living’ de cinco estrelas lançado em 2021 na ilha da Madeira, de Nadia Sergejuk, consultora na área de aconselhamento a ‘startups’, e do próprio Soumodip Sarkar.

 

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