Diário do Alentejo

Pita Ameixa: “Ferreira precisa de estabilidade”

15 de abril 2021 - 14:10

Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, Luís Pita Ameixa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, faz o balanço do atual mandato, referindo a presença de nova políticas públicas, em curso, “em ordem a um novo desenvolvimento económico, social e cultural do concelho”. O autarca expõe ainda a impossibilidade de “não se ter andado mais rápido na concretização dos objetivos, por causa do inesperado travão resultante da pandemia”.

 

Texto José Serrano

 

O que se modificou no concelho de Ferreira do Alentejo, desde a presidência camarária que iniciou em 2017?

 

Foi iniciado um novo ciclo de planeamento estratégico de médio/longo prazo, que se consubstancia nos seguintes pilares: Programa Estratégico de Desenvolvimento; Plano Diretor Municipal; Operação de Reabilitação Urbana; Estratégia Local de Habitação; Programa de Desenvolvimento Social; Avaliação Ambiental Estratégica; Estudo Estratégico de Abastecimento de Água; Plano de Desenvolvimento da Educação e Ensino. Daqui resultou uma nova organização dos serviços municipais e novas metas de atuação e de políticas públicas, que estão hoje em curso, em ordem a um novo desenvolvimento económico, social e cultural do concelho.

  

Quais as “obras” que considera serem, até à data, as mais emblemáticas deste seu mandato?

 

Na economia: O planeamento estratégico, a criação do conselho económico e do investimento, e a duplicação dos Parque das Empresas (para 17 hectares e 74 lotes industriais) cuja empreitada está pronta a iniciar-se, faltando apenas o visto do Tribunal de Contas, que se obterá nos próximos dias. Na educação: A parceria com a Universidade Nova de Lisboa e a entrada da escola de Ferreira do Alentejo na rede nacional de escolas de excelência, os investimentos na modernização dos edifícios e espaços escolares, nos equipamentos e nos apoios sociais educativos, que já se traduziu no aumento do número de alunos, superando a anterior tendência de queda. Na cultura: A promoção dos valores culturais locais, com uma opção forte pela qualidade, com várias iniciativas, de que destaco a criação do Festival Giacometti, uma extraordinária manifestação de culturas e de músicas de raiz popular tradicional.

 

Que objetivos, por si ambicionados para este mandato, poderão ficar por cumprir?

 

Sobretudo não se ter andado mais rápido na concretização de tudo, do conjunto dos objetivos, por causa do inesperado travão resultante da pandemia da covid-19.

 

Com as próximas eleições autárquicas marcadas para setembro/outubro, qual a sua principal prioridade nesta “reta final” de mandato?

 

Não trabalhamos em função do calendário eleitoral! Temos isso por errado! Todas as iniciativas, obras e processos, em curso, são as que foram concebidas no plano plurianual de atividades e investimentos de 2018 e foram lançadas em devido tempo, conforme foi sendo viável, apenas em função de razões técnicas e financeiras, e agora desenrolam-se nos seus próprios calendários de execução.

 

Na sua perspetiva, quais os principais problemas com que o concelho de Ferreira do Alentejo se debate?

 

Gerir a transformação económica que está a ocorrer em grande escala, conseguindo projetar o crescimento económico para desenvolvimento económico e social, sustentável, promovendo a diversificação da base económica, na agricultura, bem como no patamar industrial e no do comércio e serviços, tudo subordinado a padrões de qualidade de vida, ao mesmo tempo, modernos e ecologicamente equilibrados.

 

Quais os principais desafios que o presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, que será eleito para o quadriénio 2021/2025, terá pela frente?

 

Desde logo o que está indicado na resposta anterior. E, sobretudo, não andar aos ziguezagues, não transtornar a estratégia global, tão recente, que está a ser trabalhada e desenvolvida, pois o concelho precisa de tempo e estabilidade nas políticas, para que se consigam resultados de desenvolvimento e progresso sustentáveis.

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