Diário do Alentejo

Resialentejo investe 2 milhões para ampliar aterro

25 de fevereiro 2021 - 12:30

O aterro sanitário da Resialentejo, que serve oito concelhos do Baixo Alentejo, vai ser ampliado, num investimento avaliado em dois milhões de euros que deve estar concluído até 2024. O diretor-geral da Resialentejo – Tratamento e Valorização de Resíduos, José Pinto Rodrigues, lembrou à agência Lusa que o aterro sanitário do Parque Ambiental do Montinho, em Beja, serve este concelho, mas também os municípios de Almodôvar, Barrancos, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa (todos no distrito de Beja).

 

A infraestrutura foi construída em 2001 e tem capacidade “para apenas mais três a quatro anos de utilização. Assim, torna-se imperativo que o concurso público [para a ampliação do aterro] seja lançado ainda no segundo semestre deste ano”, acrescentou.

 

As obras estão avaliadas em dois milhões de euros e deverão arrancar no decorrer do próximo ano, prevendo-se que a nova célula de deposição e confinamento de resíduos esteja “pronta para utilização em 2024”.

 

O diretor-geral da Resialentejo adiantou que a nova célula de confinamento “terá uma capacidade a rondar 1,5 milhões de toneladas”, o que “será suficiente para os próximos 30 anos”. Para concretizar o investimento necessário à ampliação, as oito autarquias que constituem a empresa intermunicipal aprovaram, no início deste mês, um aumento do capital social da Resialentejo.

 

De acordo com Pinto Rodrigues, esta operação foi necessária porque a obra não terá “qualquer apoio” de fundos nacionais ou comunitários. “Caberá aos acionistas-municípios este investimento, que terá, dentro do princípio do poluidor-pagador, que ser repercutido nas respetivas tarifas municipais”.

 

Quando a nova célula de confinamento entrar em funcionamento, a Resialentejo irá iniciar o processo de requalificação ambiental da atual. O diretor-geral da empresa estimou “que o custo de encerramento” desta célula “seja na ordem de um milhão de euros”, ainda que esta situação só se coloque “a partir de 2025”.

 

A Resialentejo é uma empresa intermunicipal criada pela Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (AMALGA), em maio de 2004, sendo responsável, desde junho desse ano, pelo sistema de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos de oito concelhos do Baixo Alentejo.

 

A empresa dá destino final aos resíduos indiferenciados (resíduos que não são separados) provenientes da recolha municipal e aos materiais recicláveis depositados nos ecopontos e ecocentros de uma área geográfica de 6.650 quilómetros quadrados, com cerca de 95.866 habitantes.

 

A sede da empresa e as principais infraestruturas para o tratamento de resíduos encontram-se localizadas no Parque Ambiental do Montinho. A empresa dispõe ainda de cinco ecocentros, quatro estações de transferência e uma rede de 476 ecopontos.

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