Os autarcas de Santiago do Cacém e Alcácer do Sal (Setúbal) apelaram hoje à vacinação urgente das corporações de bombeiros e defenderam que as equipas de socorro devem ser prioritárias, face ao agravamento da pandemia de covid-19.
“Apelo para que seja considerada também prioritária a vacinação dos elementos que fazem parte das equipas de socorro dos corpos de bombeiros”, disse o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, num ofício enviado ao primeiro-ministro, António Costa.
Sem pôr em causa “a importância e o esforço de vacinação dos profissionais de saúde, população mais idosa e doentes de risco”, o autarca defendeu que os bombeiros “deverão integrar o grupo prioritário” no plano de vacinação em curso, indicou um comunicado da câmara.
“Face ao número crescente de casos confirmados e de mortes devido à covid-19”, os bombeiros, “pelo trabalho que realizam” e “resposta importante que dão no transporte de doentes, incluindo suspeitos e confirmados com covid-19, deverão integrar o grupo prioritário no plano de vacinação em curso,”, destacou.
Para o autarca, é importante que se “avance com urgência para a vacinação destas equipas de socorro”, de forma a garantir a “proteção e segurança dos bombeiros, para que possam continuar a dar uma resposta pronta e eficaz junto das populações”.
Já o presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, que também defendeu junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a vacinação dos bombeiros, estendeu a sua preocupação aos funcionários municipais que “têm sido submetidos a elevados riscos na defesa do serviço público”.
Num ofício enviado à ANEPC, o autarca apelou “à urgência na vacinação dos elementos das corporações de bombeiros sujeitos a riscos no transporte de doentes” e que estão “na primeira linha” de combate à pandemia, “expostos a tantos riscos na contração da covid-19”.
O também presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) solicitou ao presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Manuel Machado, e à diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, “a vacinação prioritária” a grupos de alto risco entre os funcionários municipais.
“Também os trabalhadores operativos da câmaras municipais têm sido submetidos a elevados riscos na defesa do serviço público” desde o início da pandemia, defendeu o autarca.