Entrevista com Marisa Saturnino, mandatária da candidatura de Ana Gomes
Quais as áreas que considera prioritárias para o Alentejo?
Basta analisarmos algumas das intervenções públicas de Ana Gomes, para percebermos que se trata de uma candidatura que serve os interesses do Alentejo. Desde logo, através de preocupações manifestadas pela candidata, como por exemplo o elevado número de desempregados na região, nomeadamente licenciados; a defesa do Serviço Nacional de Saúde; o aproveitamento do aeroporto de Beja; a defesa do Porto de Sines; o desenvolvimento do Alqueva; a regionalização ou o combate à questão demográfica, através de uma estratégia para o repovoamento do território.
Se a candidata que apoia for eleita, de que forma poderá contribuir para esse desígnio?
Se for eleita, Ana Gomes será uma Presidente transparente, dialogante e firme, que mobilizará homens, mulheres e jovens, na definição de uma estratégia para o desenvolvimento do país, numa lógica de coesão territorial e projeção de Portugal, a nível internacional. Por outro lado, será certamente decisiva nos combates à corrupção e à evasão fiscal.
O que considerará ser um bom resultado eleitoral, no distrito de Beja, para a candidatura que apoia?
Será aquele que se sobreponha a qualquer candidatura populista e demagógica, que esteja a ganhar espaço de afirmação à direita, que ameace a democracia com um discurso reiterado de agressão verbal, xenofobia, machismo, racismo e violência.
Porque decidiu apoiar esta candidatura presidencial?
Ana Gomes representa a esquerda humanista, europeísta e progressista. Uma democrata que, pela transversalidade das ideias, é capaz de agregar e convergir em diferentes campos políticos. Uma ativista, com voz forte e um papel fundamental nas questões ligadas à igualdade de género, à não discriminação e à defesa intransigente dos direitos humanos, matérias nas quais me revejo.