Diário do Alentejo

João Ferreira acusa saúde privada de se pôr "ao fresco"

11 de janeiro 2021 - 16:00
O candidato apoiado pelo PCP iniciou o segundo dia oficial da campanha para as presidenciais em Santiago do CacémO candidato apoiado pelo PCP iniciou o segundo dia oficial da campanha para as presidenciais em Santiago do Cacém

O candidato à Presidência da República João Ferreira acusou esta segunda-feira as entidades privadas de saúde de se porem “ao fresco” na “hora do aperto” e de “desertarem” nos momentos difíceis, como é o combate à pandemia de covid-19.

 

“Percebemos hoje que aquele negócio que cresceu à sombra do desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, porque foi quando se começou a desinvestir no SNS que começou a nascer e a proliferar o negócio privado da doença, percebermos hoje que na hora do aperto, esses, os grupos económicos que fazem esse negócio, põem-se ao fresco”, afirmou.

 

O candidato apoiado pelo PCP iniciou o segundo dia oficial da campanha para as presidenciais em Santiago do Cacém, com uma sessão pública no auditório António Chainho, com 242 lugares e onde estavam pouco mais de meia centena de pessoas no público. Durante a sua intervenção, o eurodeputado sublinhou que as entidades privadas de saúde “desertaram do combate no momento mais difícil”, assim “como desertam de tudo aquilo que não lhes assegure perspetivas de lucro”.

 

Por outro lado, elogiou o Serviço Nacional de Saúde, “que mesmo com o desinvestimento de que foi sendo alvo, está a revelar-se essencial para, numa altura tão difícil e tão exigente, proteger a saúde dos portugueses”.

 

Ainda abordando a área da saúde, João Ferreira aproveitou para lamentar a desvalorização da produção nacional, dando o exemplo de “setores da indústria de ponta”, como a produção de medicamentos e vacinas e ilustrando essa ideia com o caso alemão.

 

Lembrando que na origem das vacinas criadas na Alemanha esteve tecnologia desenvolvida por cientistas portugueses, o eurodeputado considerou que seria importante que, “para além da tecnologia que lhe deu origem, pudessem estar as fases subsequentes de desenvolvimento dessa vacina”. Se assim fosse, referiu, Portugal estaria “em condições de fazer hoje aquilo que a Alemanha está a fazer neste momento”, porque “já encomendou a essa empresa mais vacinas até do que aquelas que lhe caberia por via do mecanismo de distribuição criado ao nível da União Europeia”.

 

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