Mais cinco utentes e dois funcionários estão infetados devido ao surto de covid-19 num lar de idosos na vila alentejana de Vidigueira, aumentando para 26 o total de infeções, disse o presidente do município, Rui Raposo.
Os novos sete casos de infeção foram detetados numa nova ronda de testes de despiste do vírus da covid-19 a utentes e funcionários da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Centro de Dia da Fundação Domingos Simão Pulido que tinham tido resultados negativos anteriormente.
Com a confirmação dos novos casos, aumentou de 19 para 26 o número total de infeções no lar, havendo atualmente 19 utentes e sete funcionários infetados, precisou.
Segundo o autarca, todos os idosos infetados foram transferidos para a Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP) instalada pelo município no Pavilhão Municipal de Desportos de Vidigueira para acolher utentes de lares do concelho infetados com o vírus da covid-19 e sem necessidade de internamento hospitalar.
Depois de confirmado o primeiro caso de infeção no lar, o de um funcionário, foram feitos testes aos restantes funcionários e aos utentes, o que permitiu detetar o surto no dia 21 deste mês. Após a deteção do surto, foi mobilizada "de imediato" uma equipa da brigada de intervenção rápida do distrito de Beja para "reforçar os recursos humanos no apoio aos idosos" do lar.
A equipa está alojada num dos dois apartamentos da Câmara de Vidigueira situados na Horta de S. João e que o município definiu como ZCAP devido à covid-19. Trata-se de uma das brigadas criadas pela Segurança Social em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa para apoiar lares afetados por surtos e com incapacidade de resposta por falta de recursos humanos.
A mais recente atualização da situação epidemiológica no concelho de Vidigueira, publicada na terça-feira no sítio de Internet do município, regista 193 pessoas infetadas pelo vírus da covid-19 desde o início da pandemia, das quais 135 já recuperaram, 57 estão com infeções ativas e uma morreu.
Na vila de Vidigueira, além do surto no lar, há um outro com quatro trabalhadores do estaleiro municipal infetados e que foi detetado no dia 22 deste mês, quando foram conhecidos os resultados dos testes que tinham sido feitos dois dias antes a todos os trabalhadores daquela estrutura.
A situação levou Rui Raposo a colocar de quarentena e até à realização de segundos testes outros funcionários que tinham tido contacto mais direto com os infetados e que eram "a maioria" dos afetos aos serviços operacionais. Por isso, os serviços operacionais do município, como a recolha de lixo e a limpeza urbana, foram prestados em serviços mínimos durante a quarentena dos trabalhadores