Diário do Alentejo

A26: Abriu a “estrada da vergonha”, diz Florival Baiôa

27 de junho 2020 - 12:05

Para Florival Baiôa, do movimento Beja Merece Mais (BMM), o troço da A26 entre o nó de Grândola e Santa Margarida da Serra é a “estrada da vergonha”, por ter sido aberto à circulação automóvel quase três anos depois de estar concluído. A mesma expressão, “vergonha”, foi aliás utilizada pelo ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, em Sines, quando se referiu a este caso.

 

A abertura ao trânsito constitui um "primeiro passinho de uma luta de mais de 30 mil baixo-alentejanos que querem ver a sua terra mais desenvolvida, com mais gente e com mais sorrisos no rosto”, refere o responsável do BMM em comunicado. "Estamos todos de parabéns, mas a luta deve continuar até termos todas as obras em andamento, a ferrovia Lisboa - Beja – Funcheira; A26 Sines - Beja – Ficalho; Aeroporto a funcionar e melhores serviços de saúde, é para isso que lutamos, é isso que queremos e vamos alcançar”. 

 

A abertura ao trânsito desta estrada tem sido reivindicada nos últimos anos na região, por autarcas, empresários, associações empresariais, movimentos de defesa dos interesses do Baixo Alentejo e a própria população.

 

A26, no traçado previsto para o Itinerário Principal (IP) 8, que deveria ligar Sines e Beja, começou a ser construída em 2010, mas as obras foram suspensas em 2011, por causa de dificuldades financeiras da subconcessionária. 

 

 No âmbito da renegociação do contrato, foram canceladas as obras de quatro lanços e foram retomadas, em 2015, as obras dos lanços Sines/Relvas Verdes, já em serviço, e Nó de Grândola Sul da A2/Santa Margarida do Sado. Este último, agora aberto à circulação, ficou concluído em 2017, mas manteve-se fechado devido à necessidade de ser adaptada a praça de portagem para interligar a A26 e a A2.

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