A AJES – Associação Juvenil de Estremoz conquistou o título de campeã regional de basquetebol, no escalão de sub/16 masculinos (grupo 2), superando, na final disputada em Beja, a equipa do Beja Basket Clube.
Texto Firmino Paixão
A cidade de Beja foi, por estes dias, uma espécie de “capital” do basquetebol regional. Mérito do clube local, o Beja Atlético Clube que, por consequência das suas boas classificações nas fases regulares dos campeonatos regionais masculinos de sub/16 (grupo 1 e grupo 2) e no regional de sub/14, conquistaram o direito regulamentar de a Associação de Basquetebol do Alentejo aqui fixar as etapas de discussão dos títulos.
Este ciclo competitivo terminou no passado fim de semana, com a realização (uma vez mais no pavilhão da Escola de Santiago Maior) da final a quatro do regional sub/16 grupo 2, competição que reuniu o Beja Basket Clube, o Núcleo do Sporting Clube de Portugal, em Vendas Novas, o Atlético Clube de Montemor-o-Novo e a Associação Juvenil de Estremoz.
Após as eliminatórias, a final foi disputada entre a equipa anfitriã e os estremocenses, aliás, uma final muito renhida, que se concluiu com o triunfo dos visitantes por 41/45 (parciais de 12/14, 23-17 e 31-31).
Já em ambiente de festa, o treinador da AJES, Diogo Courinha, revelou: “Esta vitória teve um significado especial para nós. Terão sempre todas, mas esta foi diferente, porque nós somos a equipa que ficou em terceiro lugar na fase regular e nunca tínhamos vencido a equipa de Beja”.
Quanto à dinâmica do jogo, admitiu: “Foi uma final muito difícil, com muitos momentos de emoção, algo que é normal nestes jogos decisivos, porque as emoções são difíceis de gerir. A minha maior preocupação, para este jogo, não eram as nossas capacidades em termos técnicos ou tácticos, nem tenho dúvidas que temos capacidade para jogar a este nível, mas a postura da equipa era a minha maior preocupação. O primeiro jogo, no sábado, foi um jogo em que perdemos claramente a compostura, tivemos de recuperar a vantagem do adversário e isso foi importante, foi uma lição. Conseguimos trazer esse exemplo para este jogo. Estávamos a perder ao intervalo, por seis pontos, mas conseguimos recuperar no terceiro período e manter a vantagem no quarto, gerindo bem as emoções. Esse foi claramente o factor mais importante para a nossa vitória”.
Vendo um seu atleta integrado no “5 Ideal” da competição, o treinador quis sublinhar que “existiu um esforço coletivo, toda a gente trabalhou no mesmo sentido e quando um colega está mais em baixo, nós motivamo-lo, não o pomos ainda mais em baixo. Temos a filosofia de nos entreajudar e de toda a gente manter a cabeça fria, para que, com a melhor prestação individual de cada um, consigamos ser uma equipa forte”.
“Nós queremos sempre ganhar, claro, e os miúdos criaram essa expectativa. Ficámos em primeiro lugar na fase regular, por isso trouxemos a fase final para Beja. Há 15 dias tínhamos ganho ao Estremoz e hoje não o conseguimos”, reconheceu Rui Palma, treinador da jovem equipa bejense. Mas o que faltou? “Faltou a bola entrar no cesto mais vezes, não me desculparei com falta de sorte ou maior felicidade do adversário”.
E lembrou: “A dois minutos do final estávamos empatados 41-41 e depois não conseguimos marcar mais, por isso, parabéns ao Estremoz, que se bateu muito bem, fizeram um excelente jogo e mereceram ganhar. Nós continuaremos de cabeça levantada, porque fizemos o que estava ao nosso alcance”.
Mas o técnico deixou ainda a nota: “Quero dar os parabéns ao nosso clube por ter construído uma equipa que vem colmatar uma situação que estava um bocadinho complicada de gerir, relativamente à chegada de novos atletas, já numa idade posterior ao minibasquete”.
E pormenorizou: “É muito difícil aos atletas que chegam aos clubes com idades entre os 14 e os 16 anos ultrapassarem o que se exige de uma equipa constituída por atletas cujo percurso já vem do minibasquete. E desta maneira, o clube, com esta equipa que competiu no grupo 2 poderá receber todos os atletas de idade superior aos sub/14 que chegam ao basquetebol sem a componente técnica individual que se pretende que possuam e que é essencial, mas que eles não têm”, explicou Rui Palma, acrescentando que “a Associação de Basquetebol do Alentejo construiu também este campeonato para dar oportunidade a estas equipas que surgem com esta particularidade, proporcionando a estes jovens uma competição em que se sintam integrados na modalidade e, por tudo isto, felicito o Beja Basket Clube e a Associação do Alentejo por terem enverado por este caminho”.
Resultados do Campeonato Regional Sub/16 Masculinos Grupo 2
- Beja Basket Clube-AC Montemor-o-Novo, 75-35;
- Núcleo SCP Vendas Novas-AJ Estremoz, 65-71;
- Beja Basket Clube-Núcleo SCP Vendas Novas, 70-39;
- AJ Estremoz-AC Montemor-o-Novo, 72-67;
- AC Montemor-o-Novo-Núcleo SCP Vendas Novas, 55-98;
- Beja Basket Clube-AJ Estremoz, 41-45;
Classificação:
- 1.º Associação Juvenil de Estremoz, 6 pontos;
- 2.º Beja Basket Clube, 5 pontos;
- 3.º Núcleo SCP Vendas Novas, 4 pontos;
- 4.º Atlético Clube de Montemor-o-Novo, 3 pontos;
Prémios Individuais:
- Jogador MVP |Simão Porto (Atlético Clube Montemor);
- Prémio Fair Play | Francisco Oliveira (Beja Basket Clube);
- 5 Ideal | Gonçalo Gonçalves e Francisco Ferreira (Beja Basket Clube), Tomás Bicho (Núcleo SCP Vendas Novas), Simão Porto (Atlético Clube Montemor) e Santiago Leal (Associação Juvenil de Estremoz);