Diário do Alentejo

Torneio Interassociações “Lopes da Silva” Sub/14, competição cuja primeira fase decorreu em Aljustrel, Beja e Serpa. Foi uma organização partilhada pelas Associações de Futebol de Beja e de Évora, sob tutela da Federação Portuguesa de Futebol.

Texto Firmino Paixão

O Torneio “Lopes da Silva” é a maior competição em escalões de formação organizada, anualmente, pela Federação Portuguesa de Futebol, organismo que, habitualmente o descentraliza pelas várias regiões do país. Competiram seleções das 22 associações distritais e regionais do continente e ilhas, estreando, nesta edição, um novo modelo competitivo, sustentado num ranking elaborado a partir das classificações das últimas cinco edições da prova que, devido à pandemia, não foi realizada em 2020 e 2021. O ranking é liderado pela Associação de Futebol de Lisboa, que venceu as edições de 2016 e 2019 e terminou no segundo posto nas edições disputadas em 2015, 2017 e 2018.

A Associação de Futebol de Braga ocupa o segundo lugar, ainda que não tenha conquistado qualquer edição no período em análise, mas porque andou sempre dentro, ou muito perto, do pódio. O terceiro lugar é pertença da Associação de Futebol do Porto, vencedora em 2015, 2017 e 2018. As Associações de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro são, tradicionalmente, as formações favoritas à conquista deste torneio, devendo sair deste lote o vencedor desta edição, disputada nos distritos de Beja e Évora, uma vez que o distrito de Portalegre já recebeu em 2017 a organização da 23.ª edição desta importante prova, por onde passaram alguns dos mais talentosos jogadores que integraram as seleções nacionais, como Luís Figo, Pedro Pauleta, Ricardo Quaresma, Rui Patrício, Rui Costa ou João Vieira Pinto.

Um destes talentos do passado, Pedro Pauleta, é hoje dirigente da Federação Portuguesa de Futebol e, nessa qualidade, também se cruzou com o “Diário do Alentejo”, acedendo a comentar que “o ‘Torneio Lopes da Silva’ é uma competição muito importante para o futebol português e para a formação das seleções nacionais. Esta é a primeira triagem que fazemos a nível nacional, com todas as equipas, independentemente de serem do norte ou do sul, do interior ou das ilhas. O que importa é identificarmos os melhores jogadores de cada associação, e é aí que os técnicos que estão espalhados pelos diferentes campos a assistirem a todos os jogos, terão essa oportunidade de fazerem uma primeira observação e identificarem os melhores”. Pauleta recordou a sua passagem por esta competição, lembrando que “nesse tempo ainda não se chamava Lopes da Silva, era apenas Torneio Interassociações, mas esta tem sido sempre uma oportunidade que cada miúdo tem de representar e defender a sua região, de jogar e conviver com outros jogadores. É sempre um momento único e inesquecível para todos estes jovens atletas, como, aliás, foi também para mim, quando tinha esta idade”.

Pedro Pauleta referiu ainda que “depois desta primeira triagem que é feita neste momento competitivo, que é o ‘Lopes da Silva’, mais adiante, os jovens identificados pelos técnicos nacionais serão chamados a realizar um estágio, onde serão escolhidos os melhores entre os melhores, e assim sucessivamente, até constituirmos um grupo mais restrito, com vinte e tal ou trinta atletas para, a partir daí, formámos a seleção de Sub/15. Esta é, acentuou Pauleta, “uma primeira e grande oportunidade de identificar talentos, embora saibamos que há miúdos cujo valor se revela mais precocemente, outros demoram mais tempo a aparecer, portanto, é necessário manter uma certa observação sobre os miúdos que não tendo revelado logo a sua potencialidade, têm-na lá e haverão de a mostrar mais adiante”.

O antigo internacional português deixou também a nota de que “cerca de oitenta ou noventa por cento dos jogadores que chegam às seleções nacionais, ou ao futebol profissional, passam antes pelo Torneio ‘Lopes da Silva’. Poderão escapar alguns, mas a grande parte são talentos descobertos neste importante torneio organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com as associações regionais e distritais”, concluiu Pedro Pauleta.

Resultados (1.ª Jornada):

Grupo A:

• Porto-Horta, 17-0;
• Santarém-Évora, 1-0;

Grupo B:

• Leiria-Bragança, 0-0;
• Coimbra-Angra do Heroísmo, 2-0;

Grupo C:

• Lisboa-Guarda, 4-0;
• Algarve-Viana do Castelo, 1-0.

Grupo D:

• Braga-Portalegre, 4-0;
• Viseu-Castelo Branco, 3-1;

Grupo E:

• Setúbal-Ponta Delgada, 3-0;

Grupo F:

• Aveiro-Vila Real, 4-0;
• Madeira-Beja, 0-2;

Resultados (2.ª Jornada):

Grupo A:

• Santarém-Horta, 6-0;
• Porto-Évora, 4-0;

Grupo B:

• Coimbra-Bragança, 3-0;
• Leiria-Angra do Heroísmo, 3-0;

Grupo C:

• Lisboa-Viana do Castelo, 5-0;
• Algarve-Guarda, 4-0;

Grupo D:

• Braga-Castelo Branco, 3-1;
• Viseu-Portalegre, 3-0;

Grupo E:

• Madeira-Setúbal, 0-2;

Grupo F:

• Beja-Aveiro, 3-4;
• Ponta Delgada-Vila Real, 1-3;

Resultados (3.ª Jornada):

Grupo A:

• Porto-Santarém, 6-0;
• Évora-Horta, 9-0.

Grupo B:

• Coimbra-Leiria, 0-0;
• Bragança-Angra do Heroísmo, 0-1.

Grupo C:

• Lisboa-Algarve, 3-1;
• Viana do Castelo-Guarda, 2-1.

Grupo D:

• Braga-Viseu, 0-0;
• Castelo Branco-Portalegre, 0-1.

Grupo E:

• Ponta Delgada-Madeira, 0-3.

Grupo F:

• Vila Real-Beja, 0-1.

Classificações - 1.ª Fase:

Grupo A:

• 1.º Porto;
• 2.º Santarém;
• 3.º Évora;
• 4.º Horta;

Grupo B:

• 1.º Coimbra;
• 2.º Leiria;
• 3.º Angra do Heroísmo;
• 4.º Bragança;

Grupo C:

• 1.º Lisboa;
• 2.º Algarve;
• 3.º Viana do Castelo;
• 4.º Guarda;

Grupo D:

• 1.º Braga;
• 2.º Viseu;
• 3.º Portalegre;
• 4.º Castelo Branco;

Grupo E:

• 1.º Setúbal;
• 2.º Madeira;
• 3.º Ponta Delgada;

Grupo F:

• 1.º Aveiro;
• 2.º Beja;
• 3.º Vila Real;