Diário do Alentejo

Ulsba perdeu médicos desde início da legislatura

18 de julho 2019 - 10:25

A ministra da Saúde reconhece que continua a haver no país uma "assimetria muito grande" na distribuição de médicos. "A questão é bastante complexa. Continuamos a ter uma assimetria muito grande na distribuição de médicos no país. A Unidade Local de saúde de Castelo Branco e a do Baixo Alentejo são dois casos que perderam médicos desde o início da legislatura", diz a ministra da Saúde, Marta Temido, classificando o problema de “bastante complexo”.

 

"Isto só poderá ser resolvido quando conseguirmos agregar várias políticas de natureza diferente. Por um lado, continuar o esforço de abrir vagas nestas áreas e atribuir incentivos às vagas destas áreas. E, por outro lado, equacionar novos regimes de trabalho no SNS e isso tem-se falado muito nos tempos mais recentes", defendeu.

 

A ministra sublinhou ainda que não pode haver no país portugueses de primeira e de segunda. "O interior e o litoral merecem igual respeito. O SNS tem que ter em conta as diferentes necessidades e fazer mais por estes territórios", defendeu.

 

Esta semana o Diário do Alentejo revelou que a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) tem “reportado, sucessivamente” ao Ministério da Saúde a "carência de profissionais, sobretudo, médicos das diversas especialidades”. O quadro de pessoal prevê a existência de 228 médicos, dos quais só 150 (65,8 por cento) estão efetivamente contratados. As necessidades são, assim, suprimidas “por médicos contratados em regime de contrato de prestação de serviços”. Tendo em conta estes números, poderiam ser efetivamente contratados, para além destes 150, mais 78 médicos.

 

“No caso dos Cuidados de Saúde Primários, do quadro previsto de 87 médicos, estão colocados 61, que correspondem a 70,1 por cento. Assim, estão em falta 26 médicos de Medicina Geral e Familiar, carência que está a ser suprimida por 21 médicos em contrato de prestação de serviço”, explica fonte do Ministério da Saúde. 

Comentários