De hoje, sexta-feira, até domingo, Alvito volta a celebrar a “tradição” com espetáculos, exposições, tasquinhas, artesanato, cante e produtos locais e regionais, num certame que promete “reencontros” e momentos de convívio.
Texto | Ana Filipa Sousa de Sousa
A tradicional Feira dos Santos e Frutos Secos arranca hoje, sexta-feira, em Alvito, com o colóquio “A problemática da água na bacia do Sado: Desertificação, demografia e alterações climáticas”, uma iniciativa promovida pela associação Estudos Gerais de Alvito.O encontro, agendado para as 10:30 horas, antecede a inauguração oficial do certame e pretende, segundo a entidade organizadora, “promover uma reflexão alargada sobre alguns dos desafios mais urgentes do território alentejano”, nomeadamente, a gestão da água, a desertificação, as dinâmicas demográficas e as consequências das alterações climáticas.Prolongando-se até às 17:30 horas, a palestra conta com a participação de Jorge Malheiros, Maria José Roxo e Jorge Gaspar, “três nomes de referência da academia portuguesa nas áreas da geografia, planeamento territorial e estudos ambientais”, assim como de Alice Fialho, Paula Sarmento, Carlos Dias Alves, Manuel Macaísta Malheiros e João Paulo Girbal. Nesta edição da feira, o espaço das habituais mostras de artesanato e venda de produtos locais e regionais está, segundo o presidente da Câmara Municipal de Alvito, José Efigénio, com “lotação esgotada”, ou seja, “com o mesmo número de expositores do ano passado, cerca de 70, mas com mais ou menos 25 expositores em lista de espera”.O certame apresenta também um programa musical variado, que tem como cabeças de cartaz os músicos João Pedro Pais (hoje, sexta-feira, às 23:00 horas) e Ana Moura (amanhã, dia 1 de novembro, às 23:00 horas).Para hoje, dia 31, estão ainda agendados os espetáculos de Rumo ao Sul (20:30 horas) e dos DJ Buja e Estica e Mindless (00:30 horas), enquanto amanhã, dia 1 de novembro, será a vez do DJ Mindless (16:00 horas), 300 And Friends (20:30 horas), projeto Remember Old Times (00:30 horas) e DJ Leo (02:00 horas). O último dia de certame, domingo, será dedicado ao “popular”, “à nossa tradição” e “ao nosso Alentejo”, com as atuações de Calma e Vento Sul (14:30 horas), Ventos Alentejanos (16:30 horas) e Campos do Alentejo (18:30 horas).“Este último é um grupo da nossa terra, com um grande histórico e que, infelizmente, há de cerca de dois/três anos ficou sem atividade. Portanto, será o retomar dos Campos do Alentejo e o encerrar com chave de ouro mais uma feira”, revelou o autarca.Para José Efigénio, um dos momentos altos da feira será também o “famoso” Encontro dos Alvitenses (sábado, às 12:00 horas) que, neste ano, registou “todos os recordes”. “Recordo-me de em 2021/2022, quando fizemos o nosso primeiro almoço, termos 350 pessoas inscritas e neste ano estamos com 550”, frisou. Questionado quanto à relevância da Feira dos Santos e Frutos Secos, o autarca garantiu que este é “um dos maiores certames da região” e, por isso, com capacidade “óbvia” para dinamizar a economia local.“Durante este fim de semana temos todos os restaurantes cheios, tanto em Alvito, como em Vila Nova da Baronia, assim como as nossas unidades hoteleiras, alojamentos locais e turismos rurais completamente lotados”, disse, confirmando, de seguida, que, por exemplo, para “juntar o útil ao agradável”, os turistas têm a opção de conhecer “tudo o que são monumentos” no concelho, pois “estarão abertos”.O certame decorre no parque de feiras e exposições locais e é de entrada gratuita. A sessão de inauguração está agendada para as 18:30 horas com a atuação dos alunos do cante na escola.