Diário do Alentejo

Covid-19: Portugal tem cerca de 45 surtos em lares

16 de setembro 2021 - 23:00

Portugal regista atualmente cerca de 45 surtos de covid-19 em lares no país, com efeitos menores nas pessoas, disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. “Neste momento temos cerca de 45 surtos em lares em todo o país e o que está a acontecer é que mesmo na situação em que há surtos, os efeitos do próprio surto e da doença nas pessoas são menores”, referiu Ana Mendes Godinho.

 

A ministra falava aos jornalistas no final da apresentação do “maior estudo” sobre imunidade em lares, realizado em agosto, na região do Alentejo e Algarve a um universo de 5.174 pessoas: 2.303 funcionários de lares e 2.871 utentes residentes. O estudo aponta, segundo o responsável, para uma “diminuição abrupta dos anticorpos em pessoas com mais de 70 anos que tenham tido duas doses de vacina e quatro meses após a vacinação completa”.

 

“Contrariamente, as pessoas que tiveram covid-19 e que receberam uma dose de vacina mantêm níveis altos de anticorpos ao longo de todo o tempo”, segundo a apresentação do estudo. Intitulado “Protetor covid-19”, o estudo foi realizado pelo Algarve Biomedical Center, em parceria com a fundação Champalimaud, contou com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social.

 

A população do estudo foi maioritariamente feminina, e entre os funcionários a idade média foi de 47 anos enquanto nos utentes foi de 85 anos. Destes, 2.277 têm mais de 80 anos e mais de 1.000, têm mais de 90 anos. Ainda assim, a ministra disse aos jornalistas que a evolução nos lares “tem sido muitíssimo positiva do ponto de vista do impacto que a pandemia tem tido nas organizações” e nas instituições, comparando com janeiro, em que se registaram “números muito grandes de surtos” nos lares.

 

“A situação veio a diminuir à medida também que a vacinação foi acontecendo, nós priorizámos desde o momento zero a vacinação nos lares (…) com efeitos muitíssimo positivos no impacto dos surtos nos lares”, afirmou.

 

Atualmente, as instituições têm “uma capacidade de gestão das situações de uma forma completamente diferente, até porque, os funcionários também estão vacinados” e “há uma capacidade de gestão dos recursos humanos de uma forma muito mais eficaz e controlada”.

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